Abril

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"O Amor e a Aceitação de Deus não são o resultado de uma vida transformada. São o que causa a transformação."
Dick Winn, O Amor Que Restaura, 1987.

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1 de Abril

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Mais do que Sangue Derramado

“Com efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.” Heb. 9:22.

Quão puro e bom está a jorrar

        Da cruz o manancial!

E quem ali seu ser lavar,

        Terá perdão do mal.

--William Cowper.

Existem dezenas, talvez centenas de hinos cristão que exaltam o sangue derramado de Jesus Cristo como a chave para a salvação. É um tema constante na literatura cristã, a metáfora central de muitos sermões.

O sangue de Cristo, fluindo  de suas mãos e pés, de Suas costas rasgadas e fronte traspassada, ao ser suspenso na cruz, é um símbolo de uma realidade mais ampla. O sangue derramado de Jesus é uma metáfora poética, um modo gráfico de dizer que Ele morreu por mim, porque o derramamento de sangue conduz à morte.

Entretanto é digno de lembrança que quando o soldado romano enfiou a lança no lado de Jesus (conforme está registrado em S. João 19:34), saiu um fluxo de sangue e água, indicando que Ele já tinha morrido de outras causas. O sangue já se havia separado em soro e plaquetas. Conquanto o sangue seja um símbolo da morte de Jesus, é importante saber que Sua morte não foi a espécie causada pela perda de sangue. O sangue no corpo de Jesus revelava a crueldade dos pecadores contra seu Salvador, mas não revelava que foi esta a causa da Sua morte.

Como você vê, a morte que Jesus sofreu em meu lugar foi a segunda morte – aquela morte causada pela separação do Doador da vida. Esta é a conseqüência do pecado que Ele carregou em meu lugar. A cruz de Cristo salva-me da segunda morte, não necessariamente da primeira. Estritamente falando, o sangue de Cristo – em si mesmo – não é de maior conseqüência para a salvação do que aquele que fluiu do corpo de milhares de mártires cristãos. A cruz não os salvou da primeira morte, porque Jesus não sofreu esta morte em nosso lugar.

Jesus não morreu por causa da lança do soldado romano. Não morreu por causa dos cravos pregados em Suas mãos e pés. Não morreu por causa da extrema agonia da cruz, que era planejada para ser uma tortura lenta que levava à morte depois de vários dias. Não morreu por causa de uma perda de sangue. Jesus morreu quando o Pai retirou dEle Sua presença doadora de vida, demonstrando assim a todo o Universo quão mortal é separar-se de Deus.

2 de Abril

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A Grande Confiança de Deus

 “Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou e, compadecido dele, correndo, o abraçou e beijou.” Lucas 15:20

Enquanto permanecia na escuridão, os olhos da mãe de Rute estavam amplamente abertos. A cada novo som ela prendia a respiração e escutava. Passava da meia-noite, a temperatura estava fria e chuvosa. Finalmente ela se levantou, cingiu-se com o roupão de banho e tomou posição junto à janela do quarto da frente. Forçando os olhos rumo à escuridão, assentou-se esperando por sua atrasada filha adolescente.

Há muito tempo um pai esperou por seu filho inconstante, um filho que havia deixado a cidade por mais do que uma noite. De fato, ele tinha pedido sua herança e, depois de recebê-la, deixou o país. Duvida-se que seu pai tenha ouvido algo dele desde então. Embora nosso texto de hoje realmente não afirme que o pai estava aguardando, sabemos que ele estava pela descrição do que aconteceu. “Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou.” No contexto da história há somente uma razão para que seu pai estivesse olhando “para longe”.

Por que o pai continuou aguardando? A esperança e o amor, é claro, levavam-no a perscrutar o horizonte dia após dia. Contudo, creio que havia algo mais: uma convicção, uma confiança nascida do conhecimento de que ele havia tratado bem a seu filho, e a fé de que o filho um dia se lembraria da bondade de seu pai e voltaria para o lar. Lembre-se de que ele o fez! Apenas a subestimou! Talvez se ele tivesse compreendido inteiramente as virtudes de seu pai, para começar, não teria partido.

Querido leitor, nesta comovente parábola temos um retrato do nosso Pai celestial que deve consolar e deleitar o nosso coração! Podemos seguramente inferir que Deus sabe que Sua bondade tem poder para atrair-nos de volta para Ele; não necessita de puxar-nos pelo pescoço. Em Seu próprio ato de “aguardar-nos” revela Sua fé em nós de que, dada uma oportunidade de “voltarmos à razão – e na parábola isto aconteceu quando o filho começou a pensar corretamente acerca de seu pai! – regressaremos alegremente para Ele.

À semelhança do filho pródigo, voltando para Deus descobrimos que Ele corre ao nosso encontro com aceitação. E com uma coroa.

3 de Abril

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O Melhor Dom

“Aquele que não poupou a Seu próprio Filho, antes, por todos nós O entregou, porventura não nos dará graciosamente com Ele todas as coisas?” Rom. 8:32

Vem um Natal na vida de cada pessoa quando, apesar de sua incipiente experiência, alguém deve dar aquele passo corajoso de comprar presentes para os outros membros da família. Penso que eu tinha a idade de sete anos quando mamãe cautelosamente pôs vários dólares em minha mão e sussurrou que eu devia tentar encontrar um presente para o papai.

Enquanto ela estava ocupada em uma loja de vestidos, desci o quarteirão até onde papai parecia gostar de comprar. Era uma loja de ferramentas e eu estava muito envergonhado para pedir ajuda ao balconista, de sorte que encontrei algo colorido que eu supunha poder ofertar, ignorando o olhar indagador do caixa quando paguei por isto e levei-o para casa a fim de embrulhar.

Papai foi cortês quando o abriu na manhã de Natal, mesmo quando me perguntou o que era. Eu não sabia. Minha família posteriormente descobriu que era uma tira de pano para pôr em volta de volantes frios a fim de dirigir mais confortavelmente cedo de manhã. Eu estava muito embaraçado para indagar a papai por que ele nunca usava isto.

O que nosso infinitamente sábio Pai celestial escolheria dar-nos na manhã de Natal? Imagine: o presente supremo dAquele para quem o dinheiro não tem importância e que conhece perfeitamente nossas necessidades! Ele poderia ter-nos dado tesouros de valor apurado – obras de arte, palácios, bens materiais infindáveis.

Mas em vez disto Ele desceu as escadarias do Céu com um bebê nos braços. Deu-nos uma Pessoa! O dom perfeito, destinado a satisfazer a mais profunda necessidade do coração, a necessidade de um Amigo íntimo, leal e amoroso. Superficialmente pareceria muito mais fácil para o nosso Pai ter-nos dado do Seu tesouro de coisas. Mas todos os pais sabem que as maiores alegrias da manhã de Natal vêm de ter dado um presente da mais fina qualidade, que combina exatamente com as necessidades de seus filhos.

E o nosso Deus, que nos criou para a comunhão consigo, sabe que não estaríamos satisfeitos com nada menos do que o objeto desta comunhão. Revelou um exemplo em Belém: Seus melhores dons vêm na forma de pessoas. Jesus não estava isolado nos suntuosos envoltórios de algum palácio da elite. Viveu entre nós, em forma humilde e acreditável, uma vida autêntica. E mostrou-nos Aquele a quem conhecer significa vida eterna.

4 de Abril

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O Poder de Deus

“Com amor eterno Eu te amei, por isso com benignidade te atraí.” Jer. 31:3

Poder! Você pode vê-lo nos mais recentes comerciais da televisão: carro com tração nas quatro rodas pairam no ar com o sol chamejante como uma tela de fundo. Poderosas nações reúnem-se em conferências de cúpula para vigiarem umas às outras e considerarem o alcance negociável da produção armamentista. Rogério com cinco anos de idade se encolhe quando o pai começa a tirar a cinta da cintura.

Os cristão oram: “Teu é o reino, o poder e a glória.” Às vezes nos regozijamos com o pensamento do poder de Deus. (Ele pode fechar a boca dos leões e tornar o mar como terra seca!) Outras vezes desejamos ser capazes de esconder-nos dEle. (Ele pode destruir os ímpios com fogo e enxofre!) Dependendo de nossa necessidade e de como nos sentimos quanto a nós mesmos, clamamos a Deus por Seu poder ou corremos dele.

Embora não querendo diminuir a qualidade do poder de Deus (deveras, um dos próprios nomes de Deus para Si mesmo é El Shaddai, (Deus todo-poderoso) posso sugerir que nossa obsessão humana com a força muscular tem distorcido nossa opinião de Deus? Lembra-se dos seis cegos da Índia, cada um dos quais havia apalpado um elefante? Solicitado a descrever o animal, aquele que havia pegado no tronco disse que ele era como uma enorme serpente. Outro afirmou que ele era como o tronco de uma árvore, ao passo que ainda outro o imaginava como uma corda, e assim por diante. A questão é que embora todos fossem parcialmente exatos, nenhum deles podia ter uma concepção da verdadeira natureza do animal.

Disse Jesus: “Pai, é chegada a hora; glorifica a Teu Filho para que o Filho possa glorificar-Te, assim como Lhe deste poder sobre toda a carne.” S. João 17: 1 e 2, RSV. PODER sobre toda a carne! Mas Ele prossegue: “Para dar a vida eterna a todos quantos Lhe deste.” Poder para DAR! A fim de que não houvesse nenhuma dúvida quanto ao que Ele queria dizer, finalizou: “E a vida eterna é esta: que TE CONHEÇAM A TI o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo a quem enviaste.” Verso 3.

Conhecer a Deus é ser atraído para Ele. Jesus, ao mostrar-nos o Pai, atraiu a todos os homens para Si mesmo e, conseqüentemente, para o Pai. No texto de hoje Deus declara através do profeta Jeremias que Ele nos atrai com Sua benignidade. Esta é a maior definição do poder de Deus: amor que atrai!

E por isso Ele NOS deu o poder – de sermos feitos filhos de Deus (S. João 1:12)

5 de Abril

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Fazendo Inimigos Para Deus

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós.” Mateus 23:15

Evangelismo é para muitos cristãos o que a torta de maçã, a maternidade e a bandeira são para a maioria dos americanos. O valor do evangelismo parece quase incontestado. Oh, é verdade que algum evangelismo é aparentemente mais bem-sucedido do que outros – talvez por causa das personalidades ou planejamento. Mas ninguém deseja ser encontrado opondo-se a ele! Porque falar com as pessoas acerca de Cristo e convidá-las para entregar a vida a Ele deveria ser o objetivo de cada cristão.

Contudo este era o objetivo aparente desses escribas e fariseus a quem Jesus tão profundamente reprova no texto de hoje. Estavam intensamente ansiosos para ganhar conversos, percorrendo oceanos e continentes a fim de encontrar nomes para adicionar à sua lista. Em linhas gerais, suas doutrinas também pareciam corretas. Falavam abertamente contra a idolatria, más companhias e indiferença religiosa. E advogavam a observância do sábado, a restituição do dízimo e um regime alimentar saudável.

Conquanto o próprio Jesus fosse um evangelista, Ele considerou sua obra pior do que ineficiente. Era inequivocamente destrutiva. Seus conversos, em vez de serem provavelmente salvos, tornavam-se duas vezes perdidos – embora tivessem aderido à “religião do verdadeiro Deus”. Como poderia ser isto? Como poderiam aqueles que se dispunham a tornar as pessoas seguidoras do verdadeiro Deus realmente acabar fazendo inimigos para Deus?

A resposta pode ter muito em si também para nós. O apóstolo Paulo classifica seu zelo como “zelo sem entendimento” (Rom. 10:2). Por exemplo, eram impelidos por zelo para fazer com que ninguém quebrasse o sábado. No serviço deste objetivo compuseram milhares de mandamentos detalhados, exigências e proibições sobre a guarda do sábado. Mas em algum lugar em todo o registro de dados eles perderam o Senhor do sábado.

Seus conversos acabavam recebendo uma porção de informações sobre o sábado, mas convertiam-se a uma opinião arbitrária quanto à observância do sábado. Portanto viam a Deus como um Deus arbitrário. E aqueles que adoravam a um Deus arbitrário tornavam-se arbitrários – que é a atividade de Satanás.

A salvação não é assegurada pela quantidade de informação que alguém possui acerca de Deus mas pela exatidão daquela informação. Porque a informação falsa concernente a Deus faz exatamente o que Satanás deseja que faça: tornar as pessoas inimigas de Deus.

6 de Abril

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Vivendo o Amor Ilimitado

“Não haja limite à vossa bondade, assim como a bondade do vosso Pai celestial não conhece fronteiras.” S. Mateus 5:48

Nosso mundo é um mundo de limites. Limites de velocidade, limites sociais, limites impostos pela tensão ou desvantagens, e assim a lista pode tornar-se incômoda, se não dolorosamente longa. “TENHO de estar em casa à meia-noite?” implora sua filha adolescente. “Por que não posso eu apenas ganhar uma loteria, ou alguma coisa?!” deseja o executivo morto de cansaço que enfrenta a pilha mensal de contas que superam sua renda. “Se tão somente eu fosse bonita, como Marilyn Monroe...” “Se eu estivesse melhor das mãos poderia eu mesmo consertar isto.”

Todos nós continuamente nos deparamos com nossas próprias limitações e com aquelas a nós impostas pela sociedade e as circunstâncias. “Oh, ser livre!” suspiramos às vezes. Adolescentes anseiam tornar-se adultos. Adultos anelam pela aposentadoria. Os idosos anseiam pela juventude. Os cristãos anseiam pela Segunda Vinda. Mas é isto o melhor pelo qual podemos esperar? Estão nossas limitações imunes à promessa do evangelho de liberdade e vida abundante?

É claro que muitas limitações são aquelas proteções que poderíamos não escolher para nós mesmos. Muitas não são. Contudo, a ironia de nossa vida é que muitos de nós não usamos mais do que 2% do nosso potencial! E isso é o que pode realmente reter a chave de nossas frustrações. Talvez nossa mais indubitável felicidade e nossa maior produtividade estejam naquelas áreas que passamos por cima em busca dos nossos objetivos desejados. Isto não quer dizer que nossos alvos escolhidos são necessariamente errados. É possível, não obstante, que tenhamos permitido que os ideais por nós defendidos nos privem das mui reais e perceptíveis realizações?

Gosto do texto de hoje porque implica em uma janela aberta em nosso mundo de muitas portas fechadas. Em vez de um mandamento impossível, vejo promessa e potencial. O tema central não é obediência mas filiação, conforme se nota no verso 45 do mesmo capítulo. Filhos e filhas têm o privilégio de defender e propagar a reputação de seu pai. E esta é a coroação do nosso Pai celestial: amor ilimitado!

Façamos um esforço consciente a fim de permitir a Deus que desenvolva em nós o glorioso potencial de viver o amor ilimitado!

7 de Abril

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Pecadores Diante de um Deus Santo

“E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a Terra está cheia da Sua glória.” Isaias 6:3

Eu estava na nona série quando meu pai arranjou para mim um encontro com Billy Graham. Sabendo que eu estava pensando em tornar-me um pastor, meu pai supôs que o contato com um evangelista de tal envergadura poderia inspirar-me. Enquanto permanecia na apinhada multidão perto do Dr. Graham seguindo sua cruzada, aguardando uma oportunidade de apertar-lhe a mão, posso lembrar-me de ter sentido grande apreensão. Como deve alguém agir na presença de uma pessoa importante? Eu tinha certeza de que minha voz falharia. Que alívio senti quando finalmente ele me apertou a mão, por descobrir quão genuinamente interessado estava ele em fazer-me estar à vontade e estimado em sua presença.

Se sentimos apreensão quanto a estarmos na presença de seres humanos importantes, como deveríamos nos sentir quanto a estarmos na presença do nosso magnífico, santo, glorioso e soberano Deus? Se os santos anjos continuamente celebram Sua santidade e mostram-Lhe grande respeito, como deveríamos nós, reconhecidos pecadores, sentir-nos acerca de estarmos em Sua presença? Não há um bom motivo para um grande abismo entre nós?

Alguns têm sugerido que Sua infinita santidade tenciona manter a nós pecadores “acuados”, intimidados por tão grandiosa justiça, para que não presumamos de dar um passo levianamente em Sua presença. Tal santidade certamente aterrorizaria os pecadores. Mas atrairia pecadores? Far-nos-ia contentes o fato de que Ele está cruzando o abismo para estar perto de nós? Seria “Emanuel – Deus conosco” ouvido como boas novas ou como um sinal para alarme?

Jesus veio para revelar-nos cada aspecto da glória do Pai que nos era importante conhecer. Contudo isto não nos intimidou, aterrorizou, nem nos repeliu. Porque a glória de Deus não se centraliza em Seu poder consumidor; centraliza-se  nas qualidades do Seu caráter. E o Seu caráter é impelentemente atrativo.

Jesus veio para mostrar-nos que o abismo existente entre nós e o nosso Pai não é de Sua escolha, nem deseja Ele que o mesmo permaneça. É verdade que Deus colocou um anjo com uma espada inflamada à porta do Jardim, a fim de barrar para Adão e Eva o caminho de regresso. Mas isto era para impedi-los de pensar que um mero retorno físico à presença de Deus – falto de um completo e informado retorno de sua lealdade – resolveria o problema do pecado.

8 de Abril

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Submissão ao Absurdo

“Não falei em segredo, nem em lugar de trevas da Terra; não disse à descendência de Jacó: Buscai-Me em vão.” Isaias 45:19

“A disciplina que o homem mais necessitava era aprender sua submissão ao absurdo. E isto para o bem do próprio homem tanto quanto Meu, assim ele não acharia difícil receber ordens de seus inferiores em inteligência na paz e na guerra, especialmente guerra.” Do livro A Masque of Reason, de Robert Frost.

Na longa narrativa da qual foi extraída a citação acima, ocorre um diálogo entre Deus e Jó. Este, um pouco desgostoso com o caráter aparentemente caprichoso de Deus, está tentando pôr a Deus em apuros para que lhe dê uma resposta por enviar provações aparentemente irrazoáveis. Toda a narrativa de Frost foi certamente escrita com finalidade humorística, e ela é – exceto que muitos crentes sustentam semelhantes conceitos com a máxima sinceridade.

“Submissão ao absurdo” – é este o desejo de Deus para nós? Há muitos exemplos nas Escrituras em que Deus ordenou às pessoas que fizessem coisas aparentemente irrazoáveis, tais como marchar em fila durante sete dias rodeando uma cidade hostil, ou lavar-se em um rio lamacento a fim de ser purificado. Exemplos que certamente parecem confirmar tais sentimentos.

Entretanto, um exame mais cuidadoso desses tipos de eventos revela que Deus sempre estava operando com um determinado propósito, isto é, livramento. Ele às vezes Se utilizou de métodos incomuns para chamar a atenção das pessoas ou para remover de sua mente qualquer dúvida quanto a quem estava lidando com elas. Jamais fez alguma coisa deliberadamente irrazoável apenas para levar as pessoas a obedecer-Lhe cegamente. Nunca foi Sua intenção “falar em segredo, nem em lugar algum de trevas da Terra”.

Minha asserção é que Deus é SEMPRE razoável, porque seria contrário à Sua própria natureza ser diferente. Ele pode usar “maneiras estranhas e misteriosas” (verso 15, TLB), mas Seu desejo é que possamos louvá-Lo “com discernimento” (Sal. 47:7, KJV). Ou, como diz a tradução The Living Bible: “Sim, cantai vossos mais exaltados louvores ao nosso Rei, o Rei de toda a Terra. Cantai louvores refletidos!”

É possível louvar a Deus com entendimento somente quando somos encorajados a PENSAR. Em vez de aprender submissão ao absurdo, aprendamos a exercer fé inteligente – aquela confiança inabalável de que Deus é totalmente fidedigno e razoável. E que Ele deseja que sejamos o mesmo!

9 de Abril

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A Fé que Sobrevive

“Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos ao fio da espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados.” Hebreus 11:37

Eu acabara de voltar do lar de amigos íntimos cujo filho de três anos de idade estava morrendo de leucemia. Um lindo menino loiro, com uma terna personalidade como a de sua mãe, brincava alegremente no assoalho entre nós enquanto discutíamos sua morte. Alguém teria de procurar muito para encontrar um casal mais generoso e cristocêntrico do que seus pais. Ao falarmos do indescritível, com muitas lágrimas, nenhum sinal de amargura ou dúvida de nosso Pai se insinuava em suas palavras. Sua principal perplexidade era se deveriam submeter seu frágil corpo a dolorosos tratamentos para impedir a morte, ou permitir que a enfermidade seguisse seu curso inevitável.

Ajoelhamo-nos em um círculo, e eu segurei sua pequenina mão inquieta enquanto orávamos pela operante misericórdia de Deus. Logo depois seu pai caminhou comigo até ao meu carro. “Tenho estudado novamente a vida de grandes personagens da Bíblia”, disse ele “e cheguei à conclusão de que não há nenhuma conexão entre a qualidade de fé de uma pessoa e sua proteção da morte trágica.”

Que fé magnífica! Lembro-me de outro que se queixava: “Se tão-somente eu tivesse tido mais fé, minha filha teria sido curada.” Os cristãos falam muito de cura pela fé – talvez demasiado. Com freqüência a suposição é que quanto mais fé tiver alguém, mais provavelmente a cura ocorrerá. Eu desejaria enfatizar a “fé que sobrevive” – aprender como a fé de uma pessoa em Deus pode sobreviver mesmo se alguém NÃO é curado. Numa vista geral, a incredulidade é uma tragédia muito mais séria do que a morte!

Satanás nos leva a crer que a nossa fé é uma sagrada apólice de seguro de vida; se investirmos adequada “fé prêmios” Deus é obrigado a proteger-nos da morte. Aqueles que mantêm esta opinião acham que cada acontecimento que ameaça a vida é um evento que ameaça a fé, porque a perda da fé significa a perda da vida eterna. Ela conduz à segunda morte. Jesus, porém, insistiu em chamar a primeira morte de apenas um sono. Um dia que não está longe Ele dirá aos Seus fiéis: “Despertai!” E um pequenino de coração sensível – em perfeita saúde – será colocado nos braços de seus jubilosos pais. Juntos ascenderão, para contemplar o rosto do Doador da vida e derramar sua gratidão.

10 de Abril

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“Residente, Planeta Terra”

“Pai, glorifica o Teu nome.” S. João 12:28

Em minha caixa de correio encontrei um pequeno pacote marrom rotulado “Residente, Rota 1”. Dentro havia uma amostra de xampu e um folheto descrevendo suas virtudes. O nome do produto era desconhecido; em alguns minutos eu tinha esquecido quase tudo sobre a amostra. Foi somente quando descobri não ter xampu que me lembrei e decidi fazer uso dele. Retirando-o da gaveta de “bugigangas”, entrei no chuveiro.

Eu tinha feito o que faz milhares de consumidores. Não somente havia provado um novo produto, realmente achava-me examinando o seu potencial. Isto era exatamente o que os promotores queriam. E na realidade, qual o melhor método de apresentar ao público um produto desconhecido? Quer eles soubesse disto ou não, sua metodologia não era apenas uma boa idéia, era primeiramente a idéia de Deus! Envolto em rústica faixa de uma camponesa, Jesus foi enviado a este mundo como uma Amostra de Deus. Freqüentemente esquecido e posto de lado na gaveta de “bugigangas” de nossa mente, um dia encontramos nosso suprimento da estabilidade da vida se esgotando. E nos lembramos...

Contudo, há algo incrível acerca DESTA Amostra: ela se ajusta a TODAS as necessidades! Vindo para mostrar-nos o Pai, Jesus desejava que o nome de Deus fosse “glorificado”, honrado e exaltado (S. João 12:28, Amplified). Clamando: “Necessito de alguém mais forte do que eu!” aprendo que tenho como minha força “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso). “Ninguém me vê ou me compreende!” e descubro “El Roi” (o Deus que vê). Girando em um mundo de nenhum modo absoluto, encontro terreno sólido em “Adonai” (Senhor, Autoridade Absoluta). Tudo isto foi “demonstrado em casa” na pessoa do próprio Filho de Deus.

“O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida (e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada)... Ora, a mensagem que da parte dEle temos ouvido e vos anunciamos, é esta: que Deus é luz, e não há nEle treva nenhuma.” I S. João 1:1, 2 e 5.

Deus, o EU SOU – o Caminho, a Verdade, a Vida, Pão, Água, Repouso, Justiça, Paz. Tudo o que necessitamos Deus Se nomeou a Si mesmo! Portanto, “nada me faltará”.

11 de Abril

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Mudança Versus Algemas

“Enviou-Me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos, e a pôr em liberdade os algemados.” Isaias 61:1

É possível domar um animal selvagem? Certamente alguns têm feito isto. Outros têm tentado e falhado. Mas de uma coisa estou certo: Se o animal tiver sua perna presa em uma armadilha esmagadora, o domesticar está fora de questão, no mínimo até que o animal seja liberto e conduzido a algum grau de conforto.

Que dizer do perverso pastor-alemão amarrado na extremidade de uma corrente com mais de quinze metros no quintal do vizinho? “Boa coisa!” pode você expressar. “Ele é simplesmente mau!” Então um dia você nota que ele se foi. “Vendi-o”, diz-lhe seu vizinho, “a um acampamento de meninos.” A sabedoria de tal decisão deixa-o vacilante! “Como pôde você?!” exclama você involuntariamente. “Está com medo de que ele morda alguém?” Então você fica sabendo que o cão está solto no acampamento, dorme na cama dos meninos à noite, sendo tão manso como um animal de um ano de idade. Você vai embora balançando a cabeça. Mas não era natural que tal cão vivesse na extremidade de uma corrente. Ele foi destinado a ser livre. Toda a energia que não podia liberar de maneira saudável exibia-a em ferocidade. Somos de algum modo diferentes? Presos pela culpa que sentimos pelos erros que cometemos, nosso comportamento pode ser apenas pouco mais aceitável do que o do pastor-alemão. Deus sabe que não podemos corresponder a Ele até que sejamos soltos. Assim Ele nos liberta do peso esmagador de nossa culpa, liga o nosso coração quebrantado e nos diz que não mais precisamos estar acorrentados aos nossos pecados. Então nos atrai a Si mesmo. Bem poderíamos exclamar com Davi: “Tira a minha alma do cárcere, para que eu dê graças ao Teu nome”. Sal. 142:7.

Isto não é uma transação ou suborno, é realidade. Não somos mais capazes de louvar a Deus enquanto estamos esmagados por um senso de culpa do que o animal selvagem é capaz de ser domesticado enquanto está preso na armadilha! Acorrentados aos nossos pecados, rosnamos e damos estocada na vida. Deus vem para levar sobre Si a nossa culpa, e diz: “Nem Eu tão pouco te condeno; vai, e não peques mais”. S. João 8:11. E visto que Ele não exige “mansidão” antes de curar, sabemos que podemos confiar nEle. Ainda mais, estamos livres para amá-Lo!

12 de Abril

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Como Ficar Maduro

“Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo nAquele que é a cabeça, Cristo” Efés. 4:15

“Maduro, será você?” Já ouviu esta palavra? Já a proferiu? Ela leva consigo um ferrão e destina-se geralmente a envergonhar a pessoa a quem é dirigida, porque a mensagem que ela traz é clara: “Você não está agindo segundo a sua idade!”

Paulo, em sua carta aos crentes de Éfeso, fala a respeito da maturidade cristã. Mas suas palavras suplicam e exortam, não reprovam nem humilham. Ele trata estritamente com a realidade, contudo suas expressões são cheias de graça. Mesmo quando insta com as pessoas para que andem “de modo digno da convocação” a que foram chamadas (Efés.4:1), ele as admoesta a seguir “a verdade em amor” (verso 15).

Infelizmente, as pessoas tendem a cair de um lado ou do outro: ou retêm a verdade a fim de guardar-se de ferir a alguém, ou indiscretamente “contam-na tal qual é”, apesar das conseqüências. Muito do que passa por franqueza é grosseria. Contudo nossa deferência freqüentemente impede a resolução e o crescimento em nossa vida e na vida de outros. Como podemos aprender a ser minuciosos, sensíveis, e ainda absolutamente comprometidos com a realidade?

Ouça: “Não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento, ALHEIOS À VIDA DE DEUS.... e nEle fostes instruídos, segundo é A VERDADE em Jesus.... E vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.” Versos 17-24.

“A verdade” aqui referida é “a vida que está EM DEUS” conforme retratada em Jesus. E somente quando permitirmos que esta verdade (concernente a Deus) mude o nosso pensamento e a nossa maneira de relacionar-se com outros, cresceremos “em tudo nAquele que é a cabeça, Cristo” (verso 15). Em tudo o que dizemos podemos falar “a verdade” como fez Cristo – podemos representar corretamente a Deus. Não precisamos sentir a necessidade de evitar duras realidades porque chegamos a compreender como Deus mesmo lida conosco. Ele sempre nos fala fracamente, porém com compaixão. Honestamente indica nossa condição, contudo sabe o que podemos vir a ser.

Temos muito a fazer neste mundo antes que Cristo possa vir e levar-nos para o lar. “Em uma palavra”, “tentemos ser semelhantes a Ele, e vivamos em amor como Cristo nos amou.” Capítulo 5:1.

13 de Abril

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Quem Cavou o Abismo?

“Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que vos não ouça.” Isa. 59:2

A posição de Jonathan Edwards sobre o assunto do inferno e da salvação é útil como uma lição objetiva na qual não devemos crer. Por exemplo, ele acredita:

“O Deus que retém você sobre o abismo do Inferno, tanto quanto uma pessoa retém uma aranha, ou algum inseto asqueroso, sobre o fogo, aborrece você, e está horrivelmente provocado; Sua ira com respeito a você arde como fogo; olha para você como digno de nada mais além de ser lançado no fogo; Seus olhos são puros demais para ter de suportá-lo à Sua vista; você é dez mil vezes mais abominável aos Seus olhos do que a mais detestável serpente venenosa é aos nossos olhos.”

Embora oculta por trás de linguagem mais gentil, estas mesmas emoções de aversão aos pecadores são atribuídas a Deus por muitos cristãos de hoje. Com freqüência citam o texto de hoje para se apoiarem. Explicam Isaías como significando que Deus “cava o abismo” para guardar-Se de ser contaminado pelos pecadores, os quais devem deixar de pecar antes que Deus condescenda em ouvi-los. Não percebem que Isaías estava censurando um grupo de pessoas por sua arrogante hipocrisia. Estavam fazendo ousadas reivindicações de serem religiosas (58:1-3), contudo estavam engajadas em todo tipo de opressão e contenda. Isaías afirma que Deus sabe melhor do que levar a sério sua algaravia incoerente.

Edwards e outras “mentalidades mais gentis” da mesma crença estão se esquecendo de que o abismo existente entre Deus e o homem foi escolha do ser humano, não de Deus. Seus filhos se afastaram dEle e como resultado caíram na prática de atos pecaminosos. Deus não os apanhou perpetrando más ações e então, desgostoso, afastou-Se deles.

Quem desejaria retornar à presença de tal Deus como Edwards viu?

Embora Edwards pudesse argumentar que Deus Se abrandaria consideravelmente uma vez que Seu povo começasse a mudar de procedimento, estar na presença de Alguém que é mesmo capaz de tão explosiva ira não traz nenhum conforto.

Tragicamente, Edwards omitiu o detalhe da vida de Jesus. Aquele que tocava em leprosos, que tomava ceia com prostitutas, que anunciou o perdão aos homens que estavam pregando cravos em Seus pulsos, e que disse: “Vim para mostrar-vos o Pai” – Ele tinha um método melhor de lidar com os pecadores. Decidiu amá-los totalmente. E – graças a Deus – isto funciona!

14 de Abril

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Seguro e Perplexo

 “Ora, Àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos, ou pensamos, conforme o Seu poder que opera em nós, a Ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém.” Efés. 3:20 e 21

Quando a princípio comecei a usar um computador doméstico, fiquei surpreendido com o que podia fazer com ele. Agora estou ainda mais surpreso, porque percebo que ele pode resolver muito mais do que eu provavelmente saberia como iniciar. Sua capacidade faz-me sentir seguro e perplexo. O texto de hoje faz-me sentir do mesmo modo acerca de Deus.

Há provavelmente duas questões básicas sobre as quais muitos cristãos se preocupam quando pensam no Céu: Estarão lá, e o que farão uma vez estando lá? Muito se fala sobre a certeza da salvação. Talvez seja ocasião de mencionar a promessa do paraíso, lembrando que o Céu começa aqui.

As coisas mais importantes em primeiro lugar: Deus começou a assegurar-nos de que “nos predestinou para Ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de Sua vontade”. Efés. 1:5. De fato, todo o relato do evangelho é de nosso Pai perdoador e acolhedor. O que talvez tenhamos omitido em nossa pressa por experimentar a segurança é que, para Deus, isto é apenas o início! Conquanto seja emocionante aprender que estamos seguros em Sua maravilhosa salvação, é ainda mais emocionante ficar cientes de que Seus planos para nós excedem tudo o que já fomos capazes de imaginar! Agora e eternamente!

É imperativo que deixemos de nos apegar à nossa certeza da salvação para elevar-nos com os pensamentos da fantástica declaração de Deus quanto ao Seu plano para o nosso desenvolvimento. A maneira como leio Efés. 3:20, “infinitamente mais” significa que devemos ousadamente antecipar um relacionamento incrivelmente íntimo com Deus, assim como aspirar confiantemente ainda maiores alturas de realizações no progresso e crescimento pessoais. Tendo lançado os fundamentos, Deus declara as boas novas de que não há limite!

Sinto-me maravilhosamente seguro na capacidade de Deus em cumprir Suas intenções concernentes a mim, e estou deleitavelmente perplexo quanto ao infindável potencial envolvido! Sei que Seu desejo é que eu atinja “a plenitude do ser, a plenitude do próprio Deus” (verso 19, NEB). E desse modo acho-me estimulantemente “avançando para as coisas que diante de mim estão”. Filip. 3:13.

Talvez Deus nos esteja encorajando a levar vida expectantemente positiva sobre a Terra a fim de preparar-nos para viver na inimaginável excelência da Sua presença.

15 de Abril

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Confiando Seus Desejos

“Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará aos desejos do teu coração.” Sal. 37:4.

Era um jovem consciencioso, ávido por deixar para trás todos os hábitos e atitudes de sua vida pré-cristã. Tendo sido muito comodista antes de sua conversão, sabia que cedendo aos desejos poderia mergulhar outra vez no hedonismo que estava tentando abandonar.

O resultado, porém, era que tomar decisões como cristão tornara-se uma tarefa angustiante. Qualquer ocasião em que ele tinha alguns sentimentos pessoais envolvidos com uma escolha, tinha certeza de que aqueles sentimentos deviam ser negados, visto que eram indubitavelmente desejos egoístas. Todavia na maior parte do tempo a conduta que ele desejava parecia ser boa. E assim esmorecia-se em indecisão.

Que liberdade e alegria, porém, começou a experimentar quando descobriu a essência do verso de hoje! Começou a confiar na promessa de que alguém realmente se transforma contemplando a Cristo, e que a transformação inclui os desejos básicos do coração. E acariciou a idéia preciosa de que Deus não é Alguém que está sempre nos dizendo que não podemos ter o que o nosso coração deseja. Em vez disto, Ele muda o que desejamos!

Um cristão recém-convertido com freqüência está legitimamente desconfiado de seus desejos, porque os hábitos da velha vida morrem muito, muito lentamente. Aquilo que por muitos anos lhe tem trazido prazer não é facilmente esquecido. Mas o salmista introduz um novo ingrediente na vida do cristão – uma nova fonte de entusiasmo. “Deleita-te no Senhor”, diz Davi. Emociona-te com o teu Deus. Sê cativado pelas qualidades de Sua pessoa. Sê atraído para esse magnífico Amigo. Sê fascinado pela maneira com que Ele faz as coisas para os membros de Sua família.

O “poder transformador de uma nova afeição” mudará fundamentalmente as espécies de coisas que trazem deleite ao coração de alguém. Deus é demasiado sábio para conceder-nos os desejos do nosso coração confuso, obscurecido e egocêntrico. Mas Ele é também demasiado sábio – e demasiado amoroso – para NÃO dar-nos os desejos do nosso coração transformado e iluminado.

Porque o que deseja uma pessoa que está enlevada por Deus senão mais profunda comunhão com Ele, mais profundo envolvimento com Seu estilo de vida, mais profunda interação com Seu povo? Não é de admirar, portanto, que aqueles a quem Deus irá levar com Ele para o lar a fim de gozar a comunhão eterna, farão – por toda a eternidade – exatamente tudo o que o seu coração haverá de desejar. Caminharão em perfeita liberdade, porque não haverá nada em seu coração que precise ser negado!

16 de Abril

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Façamos Mutuamente!

“A esperança que se adia faz adoecer o coração, mas o desejo cumprido é árvore de vida.” Prov. 13:12.

Mutualidade: é a chave de todas as relações produtivas e bem-sucedidas. Estimula-o a dizer: “Sinto do mesmo modo!” ou “Estive lá!” e lhe permite alegrar-se “com os que se alegram”, e chorar “com os que choram” (Rom. 12:15). É tremendamente confortante quando alguém partilha de sua tristeza, e imensamente satisfatório quando compreendem e aplaudem seus objetivos. Aliás, a vida não é muito divertida, e dificilmente suportável, sem algum grau de reciprocidade.

Há um componente interessante no problema da mutualidade. Não se originou no coração humano. Lemos em Gênesis 1:26: “Também disse Deus [“Elohim”, plural]: Façamos o homem à Nossa imagem.” A própria criação do homem foi um empreendimento cooperativo da Divindade. A necessidade de interdependência foi “incorporada” à espécie humana em que fomos feitos como Deus.

Inversamente, uma das maiores peças decorativas do evangelho é que Jesus foi feito semelhante a nós em todas as coisas (Heb. 2:17), e portanto simpatiza conosco em nossa condição caída (Heb. 4:15). Deus está virtualmente dizendo: “Compreendo os seus sentimentos! Eu estive lá!” Diz isto de mil maneiras diferentes através das Escrituras. E se lermos muito cuidadosamente, também compreenderemos a Deus.

Ouvimo-lo em Prov. 13:12 quando diz: “ A esperança que se adia faz adoecer o coração, mas o desejo cumprido é a árvore de vida.” Sei quão doente do coração se sente você quando suas esperanças são frustradas. Ao criar a raça humana pretendia que você revelasse ao Universo expectante o que Eu sou! Esta esperança tem sido adiada, mas o Meu desejo ainda será cumprido. E quando isto ocorrer, regozijar-nos-emos todos juntos.”

E em II Coríntios 1:4: “É Ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar aos que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus.” – desse modo revelando Sua perceptiva compreensão de nossa necessidade não somente de ser confortado, mas de consolar e partilhar experiências.

Talvez um dos textos mais comoventes seja Isaías 1:18 “Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor.” Eu vos ouvirei, e vós Me ouvireis. Para Mim é importante que solucionemos juntos nossos problemas!”

Temos importância para Deus! Ele compreende como nos sentimos!

Façamos isto mutuamente!

17 de Abril

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Estando Seguros da Vida Eterna

“Estas coisas vos escrevi a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus.”  I João 5:13.

Um jovem, recém-chegado de sua primeira experiência como “pregador de rua”, com expressão risonha, relatou que alguém lhe havia perguntado se ele estava salvo. Disse como ele tinha repelido o homem com um comentário conciso, esperando em seguida minha aprovação. “Bem”, indaguei-lhe, “Você ESTÁ salvo?” Ele olhou aturdido, certo de que eu estava gracejando.

De sorte que passamos a hora seguinte daquela noite muito fria examinando se alguém poderia realmente saber que tinha entrado na vida. Estas passagens da epístola de S. João tornaram-se muito preciosas para nós naquela noite, porque o jovem verdadeiramente não queria saber de sua salvação. João diz que a vida eterna pertence àqueles que se submeteram a Jesus Cristo.

Há aqueles que vêem este verso com olhos diferentes. Vêem que o problema do pecado é fundamentalmente de situação legal, de alguém sofrendo sob a condenação legal da lei, culpado conforme acusado. Aos seus olhos, a solução a ser procurada é um pronunciamento de inocência. Ser justificado, portanto, é ser salvo. Suspeito que é isto o que o pregador de rua naquela noite tinha em mente.

Mas as palavras joaninas claramente atraem a nossa atenção em outra direção. Como J.B. Phillips traduz o verso 12: “Infere-se naturalmente que qualquer homem que tenha genuíno contato com Cristo tem esta vida; e se ele não tem, então não possui absolutamente esta vida.”

O problema é relacionamento, não situação legal. A chave para a vida eterna não está em ouvir um pronunciamento de inocência, mas em conhecer Àquele que está por trás de tal declaração.

“Genuíno contato com Cristo” é uma experiência de pessoa para pessoa, não apenas um inclinar de cabeça em direção a Deus. Significa alguém encontrar sua mais elevada satisfação em pensar em seu bem conhecido Amigo, conversar com Ele e falar sobre Ele. Significa que “podemos aproximar-nos de Deus com confiança” (verso 15 NEB), porque isto denota que o Doador da vida tomou o Seu lugar no legítimo centro de nossa vida.

18 de Abril

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Justiça Ilícita

“Não lestes o que fez Davi quando ele e seus companheiros tiveram fome? Como entrou na casa de Deus, e comeram os pães da proposição, os quais não se era lícito comer, nem a ele nem aos que com ele estavam, mas exclusivamente aos sacerdotes?”  S. Mat. 12:3 e 4.

Caminhar pelas searas no dia de sábado poderia não ter sido considerado impróprio no tempo de Jesus, mas colher e comer o grão enquanto prosseguia o seu caminho certamente era. Apontando para os discípulos transgressores, alguns fariseus que haviam notado o que eles estavam fazendo, perguntaram ao mestre por que esta atividade proibida estava ocorrendo. A resposta de Jesus deve tê-los chocado. Ela poderia chocar-nos, mesmo iluminados como estamos no século vinte.

Lembrou-lhes a ocasião em que Davi e seus homens comeram o pão sagrado do templo. Em essência, deu-lhes um exemplo de um ato “ilícito” como um precedente para a inocência de Seus discípulos. Acrescentou: “Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não holocaustos, não teríeis condenado a inocentes.”  S. Mat. 12;7. A tradução The New English Biblie deste texto do Antigo Testamento, encontrado em Oséias 6:6, diz: “Lealdade é Meu desejo, não sacrifício.”

Poderia ser fácil explicar a lógica de Cristo fazendo pouco caso das regras do templo, exceto que, tanto quanto dizia respeito ao pão sagrado, Deus fizera as regras! E Jesus veio para cumprir a lei, não para aboli-la (S. Mat. 5:17). Posso sugerir que o que o Mestre estava tentando fazer era levar os fariseus a olhar além das regras para o Doador das regras. O intento da lei é atrair-nos de volta para o Pai. Era nosso “aio para nos conduzir a Cristo” (Gal. 3:24), em cujo tempo o Pai seria completamente revelado. Os sacrifícios era oferecidos porque os homens continuavam a ser mal informados acerca de Deus e conseqüentemente procediam mal. “Quanto melhor”, Cristo estava dizendo, “conhecer muito bem o Pai para ser leal em primeiro lugar!”

Quando Davi e seus homens comeram os pães da proposição, Davi revelou que compreendia que o propósito fundamental de Deus ao instituir os serviços do templo era nutrir a Israel em saudável relacionamento com seu Deus. Tão seguro estava Davi em seu conhecimento de Deus que não hesitou em apropriar-se do “pão de Deus” para mitigar a necessidade imediata de seus homens no que tange à nutrição física.

Davi foi justo (em relacionamento correto com Deus) embora tecnicamente cometesse um ato ilícito. Pense nisto. Tanto Deus quanto Suas regras são para o bem do Seu povo.

19 de Abril

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A Verdadeira Prova de Religião

“O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que sempre que fizeste a um destes  Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes.”  S. Mat. 25:40.

Meus alunos têm aprendido através dos anos que eu não confiro crédito acadêmico para clichês religiosos. Mesmo os estudantes mais conscienciosos podem facilmente cair no tipo de pensamento de que o sucesso espiritual é encontrado em formar a fileira correta de frases religiosas.

Assim quando os ouço conversando sobre ser “purificados pelo sangue”, ou “despedaçados ao pé da cruz”, ou mesmo “justificados pela propiciação feita como uma expiação para nossas transgressões”, faço uma pergunta: “Podem vocês descrever esta mesma experiência sem usar quaisquer palavras religiosas?”

Há muitos que se tornaram religionistas especializados, peritos em “conversa-de-Deus” e frases piedosas. Para muitos deles, religião é um assunto sobre o qual se deve falar em um campo à parte daquele que é vivido e experimentado. Vêem o mundo dividido em duas partes distintas: o real e o religioso. Visto que nem Deus nem o Céu têm sido observados, a conversação sobre eles raramente precisa ser verificada no mundo comum e real.

Mas Jesus sabe que o Céu é um mundo muito real, como toda a Sua criação, e que os seus futuros habitantes serão pessoas reais que aprenderam a adotar os princípios do Céu em suas relações diárias. Desse modo, quando Ele descreveu a prova da religião genuína, a ser aplicada àqueles que antecipam entrada no Céu, não mediu quantas boas coisas disseram acerca de Deus, nem as suas insinuantes afirmações doutrinárias. Em vez disto falou da maneira como se relacionam com as pessoas comuns, sem aparato, não muito impressivas que estão ao nosso redor.

Tornaram-se os princípios do reino uma parte tão real de nós que os expressaremos para aqueles que não nos derem nenhuma honra de assim proceder? Serão os membros de nossa própria família (a quem há muito deixamos de tentar impressionar) tratados com o mesmo respeito e deferência que os ricos empresários que poderiam fazer-nos um favor? Podemos nós reconhecer um estranho em um mercado apinhado e conscientemente considerá-lo como uma pessoa valiosa, apesar da sua evidente condição de vida?

As reações descuidadas, momentâneas, disseminadas ao longo de um dia atarefado de pressões ordinárias, comuns, são realmente a medida mais válida do formato de nossa alma. São o reflexo inconsciente do Objeto de nossa afeição.

20 de Abril

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Mais do que Consolo

“Assim diz o Senhor, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas; eis que Eu te curarei.” II Reis 20:5.

Imagine esta cena na sala de emergência de um hospital: Um médico está em pé diante de uma vítima acidentada, confortando-a. “Pronto, pronto!” ele acalma. “Vejo suas lágrimas; compreendo como você está tão gravemente ferida!” Enquanto a mulher esvaindo-se em sangue, acalmada pelas tranqüilizadoras palavras do médico, pára de chorar, ele sai lentamente da sala, satisfeito por ter trazido conforto à mulher ferida. Encontrando-se no corredor com o marido perturbado, sorri entusiasticamente. “Sua esposa está ótima! Ela parou de chorar!” Dez minutos mais tarde ela estava a caminho do necrotério.

“Ridículo!” diz você. E contudo, às vezes atribuímos a Deus tão mau procedimento. Acreditamos que Ele esteja mais interessado em que paremos de   “chorar” do que em que paremos de “sangrar”. Suspeitamos que a nossa profissão de fé seja de mais valor à Sua vista do que a restauração da nossa amizade com Ele.

Temos tanto a desaprender acerca do nosso maravilhoso Deus. Mesmo aqueles dentre nós que sustentam “opiniões esclarecidas” concernentes a Ele, têm-se apegado a idéias sobre Ele que nos mantêm amarrados ao temor e/ou a uma auto-imagem medíocre. É tempo de re-avaliarmos cada conceito que temos e que lança uma sombra sobre o livre fluxo da comunhão com Ele.

Em nosso texto de hoje vemos a Deus ouvindo, vendo, compreendendo. Cremos nisto; contamos com isto. Até mesmo contamos que Ele deseja curar-nos. Mas às vezes deixamos de compreender QUANTO Ele deseja fazer exatamente isto! Argumentamos sobre quão curados podemos esperar ser. Sim Ele pode afastar o hábito do cigarro. Ele pode reformar-nos e realinhar nossas prioridades. Mas pode Ele tornar-nos perfeitos?

“Pára!” diz você. “Ninguém é perfeito!” (Veja o que eu quero dizer?!) Mas então, que queremos dizer por “perfeito”? No sentido usual significa que você nunca faz errado outra vez, e temos de reexaminar toda a idéia de crescimento através da eternidade. Todavia, se você compreende “perfeito” como significando inteiramente reconquistado para a lealdade de Deus...

Pode Deus reconquistar inteiramente a nossa lealdade? Pode a nossa má compreensão quanto a Ele ser totalmente curada? Podemos ousar esperar que nossos receios serão completamente aliviados quando Ele afinal derribar por completo nossa informação incorreta? De fato, que mais poderia estabelecer nossa imorredoura lealdade e amor a Ele?

Amigos, estou contando exatamente com isto!

21 de Abril

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Ele Curou Todos os Dez

“ Então Jesus lhe perguntou: Não eram  dez os que foram curados? Onde estão os nove?” Luc. 17:17.

Para nós é muito difícil compreender totalmente o que significa ser um leproso no tempo de Cristo. Hoje, a lepra é uma enfermidade que pode geralmente ser evitada; se for contraída, pode até certo ponto ser tratada com sucesso. Mas naquele tempo era mais do que uma doença pavorosamente fatal, mais do que uma horrível enfermidade que quebrava todo acariciado contato humano. De um modo muito terrível, a lepra era firmemente considerada como um juízo de Deus, Sua punição pública ao pecado, a marca de Sua indubitável rejeição.

E assim o leproso suportava sua triste existência, destituído de toda esperança nesta vida e sentenciado à destruição eterna depois da soltura da morte. Aos olhos do povo, a condição incurável de um leproso era prova de que Deus jamais reverteria Seu juízo.

Então veio Jesus, cheio de verdade acerca do Seu Pai. Ansiava mostrar ao povo que Seu Pai não inflige doença como punição pelo pecado. Queria que eles soubessem que todos os pecadores encontram o perdão quando se voltam para o Pai. Passasse Ele por um leproso sem curá-lo, estaria confirmando o temor do povo de que Deus não perdoaria graves pecadores. Não é de admirar que as Escrituras indiquem que Jesus curava a todo leproso que encontrava!

Até mesmo curou dez deles de uma vez, ali nos confins da Galiléia. Dez homens asquerosos, isolados, pedintes - Ele os tornou sãos e purificados, aceitáveis diante de suas famílias, publicamente inocentes. Mas somente um sentiu que sua cura, embora incrível, não era tão importante quanto o Restaurador. E voltou para adorar aos pés de Jesus.

A última coisa que vemos dos outros nove é suas costas, porque os olhos estão fixos em sua pele feito louçã enquanto fogem precipitadamente para gozar os benefícios. O dom tornou-se o fim em si mesmo, e eles não tiveram nenhum tempo para o Doador! Mas Jesus não os “amaldiçoou” fazendo a lepra voltar.

Mesmo nesse resultado desapontador, Jesus estava permanecendo fiel ao Seu Pai. Conquanto o perdão seja oferecido livremente a todos, somente aqueles que voltam e caem aos pés do Perdoador têm entrada na Vida. Os outros não têm seu perdão cancelado. Mas isto não importa. Estão do mesmo modo perdidos, não porque estejam privados do perdão, mas porque condescendem com o dom, ignorando o Perdoador!

22 de Abril

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Fé Semelhante a Bolo Mal Cozido

“Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus...” Heb. 12:2.

Poucas coisas são mais intragáveis do que bolo que não está completamente cozido. Embora convidativo em seu aspecto exterior, o mal cozimento interno pode causar-lhe náuseas. Nenhuma quantidade de glacê será suficiente; uma mordida e o resto é para o cachorro (se mesmo ele quiser comê-lo!).

Em certo momento da história de Israel, Deus Se referiu a Efraim como “um bolo meio cozido” (Osé. 7:8, NEB). Nos versos 13 e 14, Ele diz: “Anseio livrá-los, mas eles falam mentiras contra Mim. Não há sinceridade em seu clamor a Mim; por todos os seus uivos... Estão se afastando de Mim.”

Insinceridade. Pode isto ser curado? Depende, é claro, da causa fundamental. Alguma insinceridade provém de ter sido apoiado em um ângulo com uma decisão que alguém não está pronto a tomar. Neste caso, o único remédio é permitir  refazer a decisão enquanto está sendo dada informação suficiente para assim fazer. É claro que se uma pessoa imagina que já sabe o suficiente, o problema torna-se imensamente complicado. Tal era o caso com Israel.

Deus viu que a causa fundamental do problema era a falta de fé de Israel nEle. Esta era a fonte de suas “mentiras” contra Ele. No capítulo 14:4, Ele esboça o Seu plano para a restauração deles: “Curarei a sua infidelidade, Eu de Mim mesmo os amarei.” Estavam apenas meio convictos da bondade de Deus. Ele os amaria inteiramente. Mas primeiro teria de persuadi-los de que embora clamassem por socorro: “Nós Te conhecemos, ó Deus de Israel” eram na verdade “totalmente asquerosos.” ( Osé. 8:2 e 3, NEB). Semelhante a bolo mal cozido.

 A metodologia de Deus não mudou. Ele deseja amar também a nós inteiramente. Assim Ele nos deu Jesus. Em Jesus vemos o amor do Pai em ação; vemos perdão, aceitação, salvação. A fé brota em nosso coração. Cremos! Mas isto é apenas o começo. Se pararmos aqui, não importa quão maravilhosa seja a experiência, acabaremos vivendo uma meia verdade. E somente a metade da verdade acerca de Deus pode ser tão prejudicial como uma mentira completa.

A resposta para este dilema potencial encontra-se em Heb. 12:2 - precisamos conservar os olhos fixos em Jesus! Porque nossa compreensão do que é Deus não somente começou em Jesus, ela também será completada ou consumada ao comtemplarmos nEle TODA a verdade.

23 de Abril

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Usa Deus o Desapontamento?

“Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga... e sereis filhos do Altíssimo. Pois Ele é benigno até para com os ingratos e maus.”  Luc. 6:35

Os pais estão sempre à procura de um arsenal disponível de métodos a serem usados para levar seus filhos à obediência. Se você é pai provavelmente reconhece a maioria dos métodos: persuasão, controle severo, suave atração, longos sermões. Às vezes em absoluto desespero recorremos ao amofinamento e à depreciação. Posso lembrar-me do momento em que olhei friamente para minha filha (seguindo o que eu considerava ser uma grande infração) e disse: “Júlia, depois de tudo o que tenho feito por você, estou tão desapontado com você!”

Fiquei ainda mais desapontado quando isto não a levou a imediato arrependimento e transformação. Mas posteriormente, quando nossos sentimentos se aclamaram, ela me disse como se sentiu quando eu disse aquilo. Descreveu os sentimentos de desespero esmagador, rejeição, perda de auto-estima, e de endividamento além das possibilidades. E - como sempre acontece - tive que revisar meus métodos de paternidade, bem como minha compreensão de Deus.

Faz Deus uso da bondade a fim de manipular-nos? Diz Ele: “Depois de TUDO o que tenho feito por você, o que vai fazer por Mim?” Que significa “sem esperar nenhuma paga”? Esperar algo em retorno para nós significa fazer o bem a outro esperando um favor de volta, e então ficamos desapontados se o favor não é devolvido. Depois este desapontamento é usado com freqüência (através de observações sutis, olhar de soslaio, ou modos soturnos) para garantir que, na próxima vez, o favor será retornado.

Se alguém não demonstra gratidão por todo o bem que fazemos, então, em termos humanos, a bondade cessa, porque foi feita para produzir gratidão. Mas se Jesus nos chamou para subir mais alto do que isto, não deveríamos esperar que Seu Pai não condescenda com tais métodos?

Nosso Pai faz o bem porque É bom, não como um meio de influência sobre nós. Continua sendo amável, mesmo para com os ingratos, porque em primeiro lugar Sua bondade não era uma bondade condicional. Mesmo Seus atos de disciplina são expressões de amabilidade, porque deseja que Seus amigos vivam dentro dos limites da realidade.

A grande bondade de Deus para conosco destina-se a inspirar-nos, em vez de controlar-nos, a curar-nos em vez de esmagar-nos com endividamento além das possibilidades. O amor incondicional nos atrai inteiramente; o amor condicional leva-nos ao desespero.

24 de Abril

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O Suicídio da Separação

“Então Jesus clamou em alta voz: Deus Meu, Deus Meu, por que Me Abandonaste?”  Mat. 27:46, Philips.

Milhares de pessoas morrem anualmente em acidentes de trânsito. Embora os fabricantes de automóveis instalem cintos de segurança em cada novo carro, há pessoas que morrerão do mesmo modo, simplesmente porque não usam cintos. Não sentem nenhuma necessidade de “afivelar-se” porque nunca se identificaram com a possibilidade de estarem eles mesmos envolvidos em um acidente. Lamentavelmente, não viveram para beneficiar-se do aprendizado desta devastadora possibilidade.

Desde o Éden as pessoas têm acreditado que possuem vida independente de Deus. A teoria da evolução é simplesmente uma explicação elaborada neste sentido. E a existência diária de ateus e freqüentadores de igrejas semelhantemente parece consubstanciar tal pensamento. Descobrir que Deus é a nossa única fonte de vida pode ser como descobrir demasiado tarde que não estamos imunes aos acidentes de trânsito.

O homem deveria ter perecido no Éden. Mas Deus não estava olhando para estatísticas a fim de provar-Se correto. Desejava que pudéssemos viver! Assim idealizou um plano pelo qual pudéssemos ver o que nos acontece quando estamos separados de Deus contanto que vivêssemos para que nos beneficiássemos da lição. Incrivelmente, Deus Se tornaria um de nós! (II Cor. 5:21). Contemplando a Jesus, nosso Substituto, descobriríamos que o pecado - separação de Deus - mata!

Os homens não mataram o Filho de Deus. Foi suspenso em uma rude cruz, mas morreu porque experimentou por nós as conseqüências do pecado. Clamou “Deus Meu, Deus Meu, por que Me abandonaste[deixaste]?” Mat. 27:46, Philips. Contudo, morreu sabendo que havia realizado o que era necessário. Porque clamou novamente com grande voz: “Está consumado!” João 19:30.

Posso sugerir que Deus tampouco matou a Jesus?! Ele simplesmente permitiu que Jesus carregasse os resultados da escolha do ser humano quando se afastou de Deus. Quando isto aconteceu, Jesus clamou e momentos depois, estava morto. Nos serviços sacrificiais, o pecador que trazia uma oferta de cordeiro, matava-o ele mesmo. O sacerdote somente apanhava o sangue. A tremenda verdade é que o homem, em última análise, mata-se a si mesmo!

Deus pleiteia conosco para que voltemos à razão. “Tão certo como Eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que haveis de morrer...?” Ezeq. 33:11.

25 de Abril

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Por que Deus Requer Fé

“Como está escrito: O justo viverá por fé.” Rom. 1:17.

- Você sabia que a moderna ciência está destruindo a fé?

A pergunta do homem era absolutamente séria, de sorte que quando ele viu o olhar perplexo em meu rosto, tentou explicar:

- Deus nos revelou muitos princípios de saúde na Bíblia – disse ele – e temos de aceita-los pela fé. Mas agora os cientistas estão provando que todos eles são verdadeiros, e muito em breve não teremos mais nenhuma necessidade de fé.

- Isto significa – perguntei – que quanto menos sabemos sobre um assunto, mais fé podemos ter?

- Sim – respondeu hesitantemente.

- Então aqueles que menos conhecem acerca de Jesus são os que mais  fé podem ter nEle?

Ele parecia perplexo.

- Isto não parece muito certo, não é? – respondeu ele.

O que compreendemos ser fé certamente molda nossa imagem mental do motivo por que Deus a requer. Se a fé é um “salto nas trevas”, então Deus requer que sejamos supersticiosos. Ele nos recompensa por nossa credulidade.

Ou se a fé é meramente assentimento ao valor meritório da vida e morte de Cristo fora de si mesmo, então a fé se torna nossa habilitação legal ao perdão. Torna-se o meio pelo qual Deus está habilitado a mudar em relação a nós.

Mas que tal se divisássemos a fé como uma informada e confiante amizade com o Amante de nossa alma? Que tal se ela significa a reunião das criaturas de Deus em um vínculo de amor ao seu Criador, a restauração da espécie de comunhão íntima que Adão e Eva desfrutavam com seu Pai no Éden? Portanto Deus reclama fé porque nada mais pode curar o problema essencial do pecado – a alienação entre Deus e o homem.

Fé é a resposta do nosso coração aos graciosos apelos de Deus para que tenhamos comunhão com Ele. É o relacionamento saudável com Aquele que é a fonte de toda a vida, saúde e felicidade. A fé nos restaura ao nosso legítimo estado, à condição na qual fomos criados para viver: união com o Criador.

A fé não muda Deus em relação a nós; muda-nos em relação a Ele. Não O persuade a nos perdoar; é nossa reação à descoberta de que Ele é perdoador. A fé não aplaca a ira de Deus em relação aos pecadores; cura a hostilidade dos pecadores em relação a Deus. Não é de admirar, portanto, que Paulo pudesse repetir este grande tema escriturístico: “O justo viverá por fé!” Porque fé é conexão com o Doador da vida.

26 de Abril

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Mais que Vencedores

“Fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio dAquele que nos amou.” Rom. 8:26 e 37.

Lembro-me de ter ouvido o rádio no dia em que reféns americanos voltaram do Irã em janeiro de 1981. A multidão que aguardava prorrompeu em aplausos quando os homens e mulheres passaram pela porta de seu avião. Uma imensa efervescência de camaradagem irrompeu dentro do meu peito e eu encontrei-me aplaudindo com eles, celebrando a vitória daqueles cativos que retornavam sob circunstâncias de derrota.

Quão bom é testemunhar a vitória humana em um mundo terrivelmente deformado por guerras injustas e fome! Há tanto sofrimento e perda sem sentido, tantas injustiças. Às vezes alguém é compelido a indagar: Vale a pena tudo isto? Acaso o final triunfo sobre o mal fará valer a pena tudo aquilo por que temos passado aqui na Terra? A menos que compreendamos a verdadeira natureza da vitória que Deus planeja para nós, podemos desanimar.

A vitória em si não é suficiente. Um prisioneiro que retorna e que tem de ser institucionalizado por causa de permanente desorientação mental pode trazer mais agonia à sua família do que quando se imaginava que ele estivesse desaparecido. Ao menos então eles tinham esperança. De modo idêntico, Deus sabe que para nós não é suficiente sermos ”salvos”. Não basta que ali não haja mais sofrimento ou choro, maravilhoso como isto possa ser. Para nós não é suficiente caminharmos por ruas de ouro e morarmos em mansões. Nem mesmo basta que vivamos eternamente.

E assim Deus nos assegura ”esmagadora vitória” (Rom. 8:37). Isto infere algo além da vitória. Deus não somente deseja livrar-nos dos perigos e destruição desta vida, quer que vivamos eternamente com Ele como Seus filhos e filhas. Quer que O conheçamos tão bem a ponto de chamá-Lo “Abba, Pai”, o equivalente afetuoso de “Papai” ou “Papaizinho” (veja os versos 14 e 16). Ele [nos] predestinou para [sermos] conformes à imagem de Seu Filho, a fim de que ELE [Jesus] seja o primogênito entre muitos irmãos”. Versos 29.

Jesus conhecia o Pai e era um com Ele. Em João 17 orou para que pudéssemos partilhar deste conhecimento e unidade. Disse Ele: “Eu lhes fiz conhecer o Teu nome... a fim de que o amor com que Me amaste esteja neles e Eu neles esteja.” João 17:26. Esta é a nossa esmagadora vitória: conhecer a Deus e ser um com Ele por toda a eternidade!

27 de Abril

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É Deus Punitivo?

“No amor não existe medo, antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor.” I João 4:18.

Lemos mais de sessenta vezes na Bíblia acerca de Deus punindo pessoas por causa de suas iniqüidades, e então em um versículo João diz que as pessoas que temem a punição são imperfeitas? O que devemos crer? Qual é a verdade a respeito da punição? É Deus punitivo?

Aqui estamos tratando de duas diferentes interpretações de “punição”. Em um sentido de palavra, punição significa a inflição de dor sobre alguém por causa do seu mau procedimento. Imaginamos alguém numa posição de poder e autoridade, tal como um pai, um policial ou um professor, cuja tarefa é controlar o comportamento dos outros. Quando alguém que está sob sua autoridade procede mal, devem tratar com aquela infração. E assim eles espancam, impõem multas, ou põem o ofensor contra a parede.

Este costume às vezes também carrega sabor de retaliação, vingança emocional, ou desforra. Revele a suposição de que o mau não terá conseqüências inerentes que são muito más e assim alguma espécie de dor deve ser inventada e artificialmente suprida. Isto visa garantir que a pessoa que está sendo punida tema o legislador e deste modo seja mais obediente. Há aqueles que simplesmente não pensam em um meio melhor de levar as pessoas a obedecer do que submetê-las pelo temor.

 Mas isto não acontece com nosso Deus! Ele tem melhores razões para a nossa obediência do que o temor da Sua ira. Sua lei apresenta tão essenciais realidades de vida que Ele não precisa ”realçar Seu ego ferido” em defesa da mesma. E confia tanto em Sua capacidade de instruir-nos que deseja que façamos referência à veracidade dos Seus caminhos em vez de ao temor de Suas emoções negativas.

A punição, entretanto, tem uma função apropriada. Nem sempre estamos prontos para compreender quão prejudicial é aparta-se dos Seus caminhos; e para que não venhamos a viver em uma fantasia, Ele misericordiosamente leva-nos a enfrentar a tragédia de nossa insensatez. Também os efeitos destrutivos de um exemplo pecaminoso não são muitas vezes imediatamente evidentes. Em vez de permitir que fiquemos encerrados em exemplos esmagadores, Ele nos adverte com uma amostra da dor prestes a vir. Certamente isto é o que aqueles autores do Antigo Testamento queriam dizer quando se referiam à punição de Deus.

28 de Abril

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A Verdade Acerca da Abnegação

“O qual a Si mesmo Se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniqüidade, e purificar para Si mesmo um povo exclusivamente Seu, zeloso de boas obras.” Tito 2:14.

Ela era bonita, inteligente equilibrada; o jovem que a acompanhava era arrogante e desleixado. Ao contemplá-los enquanto a fila andava pelo refeitório, perguntei-me a mim mesmo o que ela via nele. Posteriormente, comecei a indagar se havia algo acerca de si mesma que ela não via.

Uma auto-imagem negativa tende a perpetuar circunstâncias infelizes que parecem confirmar aquela avaliação que o indivíduo faz de si mesmo. Tragicamente, nós os cristãos com freqüência sucumbimos à mesma coisa! Alguém se pergunta a si mesmo o que é que não vemos em Deus que nos permite ter tão baixa opinião do nosso potencial.

Muitas vezes afirmamos: “Ninguém é perfeito!” O que queremos dizer é que deixamos de atingir um certo padrão de comportamento. Além disso, muitos estão convencidos de que ninguém pode. “Somente Cristo podia”, dizem eles. “Ele era, afinal, nosso Substituto. Mesmo Deus sabia que não podíamos!” Tal pensamento obstrui o sucesso. O que devemos entender é a diferença entre salvação e restauração. É absolutamente verdade que nunca podemos merecer a salvação. Mas, em áreas de crescimento cristão, não estamos falando de salvação! Estamos falando acerca da competência de Deus em satisfazer as nossas necessidades. Tomemos por exemplo a abnegação.

Cristo era uma pessoa totalmente abnegada. Ora, concluímos que pelo fato de não podermos ser suficientemente abnegados para expiar os nossos pecados, a abnegação está fora do nosso alcance? O texto de hoje nos diz que pelo Seu sacrifício Cristo nos redime ”de toda iniqüidade”. O egoísmo é a nossa tentativa de alcançar a perfeição independente de Deus. Em Cristo, estamos mais uma vez em harmonia com Deus [em inglês at one, daí a palavra atonement, at-one-ment, expiação, porque a expiação nos põe em harmonia com Deus.- Nota do Tradutor.] Conseqüentemente, não há mais necessidade de servir-se a si mesmo. Todas as nossas necessidades estão satisfeitas.

Já é tempo de pararmos de confundir desenvolvimento do caráter com mérito! Deus sabia que enquanto nos sentíssemos indignos de Sua companhia, continuaríamos a viver a vida que nos privaria de Sua amizade. Portanto nos redimiu, e agindo assim nos habilitou a começar a lançar mão das “riquezas da Sua glória, em vasos de misericórdia, [nós] que para glória preparou de antemão.” Rom. 9:23.

Sejamos “zeloso de boas obras”- não para conquistá-Lo, mas para revelá-Lo a outros a fim de que também eles possam aprender de sua perfeição nEle!

29 de Abril

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Perdendo-se Para Ser Salvo

“Quem quiser,pois, salvar a sua vida, perdê-la-a; e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho,salvá-la-á.”S. Mar. 8:35.

Desde o Éden temos imaginado que possuímos as melhores idéias sobre como cuidar de nós mesmos, como satisfazer as nossas necessidades, como alcançar os nossos objetivos. Em tantos casos estamos convencidos de que podemos cuidar melhor de nós mesmos do que o próprio deus. Por exemplo, o adolescente solitário que anseia ser amado procura satisfazer esta anseio em relações sexuais ilícitas em vez de esperar pelos mais demorados, mais lentos, porém mais satisfatórios métodos de Deus para atingir o objetivo.

Um jovem executivo procura sucesso e segurança profissionais, objetivos certamente dignos em si mesmos. Mas se, em sua pressa para atingi-los ele compromete a saúde, integridade e relacionamentos, os objetivos não mais são dignos dele. Quando Jesus estava sendo tentado no deserto, não havia nada de errado em Ele desejar ser alimentado, ser sustido por Seu Pai, ou ser vitorioso em Sua missão de recuperar a Terra, de Satanás. O que estava errado em cada uma das tentações era que elas envolviam “atalhos” para o objetivo, métodos desajudados, separados da sábia percepção do Pai quanto ao que era necessário.

Virtualmente cada ato pecaminoso que praticamos tem um motivo compreensível por trás dele. Estamos agindo para satisfazer uma necessidade legítima. Precisamos de amor, prazer, sucesso, segurança, liberação sexual, alimento e abrigo, e libertação da dor.O que torna o nosso ato pecaminoso tão mau não é a necessidade em si, mas o fato de que procuramos satisfazê-la pelos nossos métodos em vez de usar os métodos de Deus.

Uma moça de vinte e seis anos, temendo ficar “solteirona” estava namorando seriamente um não-cristão. Estava ansiosa para contrair matrimônio porém suficientemente apreensiva  a ponto de procurar aconselhamento. Ficou atemorizada com minha sugestão para que rompesse o relacionamento porque lhe parecia que sua necessidade de companheirismo nunca seria satisfeita. Depois de muita angústia pôs toda a sua confiança em Deus e rompeu com o pretendente. Pouco tempo depois encontrou um ótimo homem de sua própria fé, casando-se alegremente com ele.

A verdadeira vitória sobre o pecado, portanto, significa chegar a tal confiança prática na capacidade de Deus para satisfazer as nossas necessidades que não estejamos dispostos a satisfazê-las em nossos termos. “ Perdidos” nEle, estamos salvos.

30 de Abril

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É a Ausência de Força Igual a Passividade?

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16

Os americanos não mais chamam as prisões do Estado de penitenciárias; elas são “instituições correcionais”. Isto reflete uma tentativa de substituir a idéia de estrito castigo pelo conceito de reabilitação. No passado, os criminosos deviam ser punidos. Isto estava a cargo da sociedade: uma temível advertência para dissuadir a outros infratores potenciais quanto aos riscos de semelhante modo de ação. Raramente surtia efeito. Uma vez soltos, os ex-condenados eram muitas vezes uma ameaça maior a sociedade do que quando foram a princípio encarcerados.

Algo deveria ser feito. E assim o conceito de reabilitação veio a existir. O objetivo é trazer restauração aos infratores para que sejam aceitavelmente integrados outra vez em suas respectivas comunidades. Porque este ideal nem sempre é alcançado, há aqueles que reclamam contra o que chamam de passividade dos oficiais encarregados do cumprimento da lei.

De modo semelhante, há cristãos que protestam contra o conceito de um Deus que prefere não tratar violentamente contra a injustiça – um Deus que antes educa e restaura o pecador em vez de infligir dor sobre ele por causa do seu mau comportamento. Temem que algo menos do que justa retribuição leve ao caos e anarquia. A compreensão de que a justiça divina se adapta não somente ao crime mas também ao criminoso está perdida sob uma barragem de citação de textos e a solene advertência: “Você está fazendo Deus parecer muito passivo!”

Ao contrário, Deus é muito menos passivo! No Éden, Ele deteve a destruição da raça humana pondo em ação um plano pelo qual o homem caído não somente pudesse ser salvo, mas reabilitado e restaurado. Não adota uma postura de fraqueza, mas de confiança em melhores métodos. Esta é, de fato, uma postura de força inexpugnável! Somente um dominador inseguro precisa recorrer à força. Dando Seu Filho, Deus demonstrou que não apenas é capaz de controlar a crise do pecado, Ele a resolverá.

Se obedecermos a Deus porque cremos que Ele nos matará se não o fizermos, nossa lealdade estará manchada com reprimida rebelião. Se, porém, compreendermos que Deus nos está oferecendo uma opção para que sejamos novamente integrados à realidade a fim de evitar desastre certo, nosso coração se encherá de admiração e amor por ter Ele feito tanto para prover-nos este dispendioso remédio.

Título Original em Inglês:
HIS HEALING LOVE

Título em Português:
O AMOR QUE RESTAURA

Autor:
DICK WINN

Primeira Edição Publicada em 1987:
CASA PUBLICADORA BRASILEIRA