Agosto

Pesquisar Neste Site powered by FreeFind

"O Amor e a Aceitação de Deus não são o resultado de uma vida transformada. São o que causa a transformação."
Dick Winn, O Amor Que Restaura, 1987.

Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
 
Agosto
01 02 03 04 05 06 07
08 09 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
29 30 31        


1 de Agosto

 Topo

 

O Poder do Privilégio Positivo

 “Portanto, deveis ser perfeitos, como vosso pai celestial o é.” Mat 5:48, Goodspeed.

 Estávamos empenhados em ativa conversação depois da apresentação da manhã em uma reunião campal. O sermão tinha versado sobre nossos privilégios em Jesus – libertação da culpa e da manipulação. Obviamente preocupada, uma mulher perguntou:

- Mas ainda temos de revelar o caráter de Cristo, não é?

- Não – interrompi - já COMEÇAMOS a revelar o caráter de Cristo. Há uma importante diferença.

Ela parou por um momento, ponderando as sutilezas: “temos de” versus “já começamos”. Dever versus privilégio. Peso pesado de fardo e responsabilidade versus alegre senso de deleitosa permissão e promessa. “Penso que esta é uma solução que desvendará muitos enigmas para mim”, concluiu.

Posteriormente ela me deteve em um corredor.

- Aquelas duas palavras contrastantes viraram ao contrário as motivações de toda a minha vida cristã. Estou vendo que a semelhança de caráter com Cristo não é uma obrigação que eu devo cumprir a fim de obter a aceitação de Deus. Em vez disto, é uma experiência que eu almejo, para torná-Lo conhecido a outros, porque Ele já me aceitou e me amou.

Falando a uma ansiosa multidão ao pé do monte, Jesus lhes tinha dito que o Pai ama os Seus inimigos; Ele procura apaziguar suas hostilidades, a fim de que lhe permitam aproximar-Se  suficientemente para curá-los com Seu amor (Mat. 5:38-47). Jesus então concluiu: “Deveis ser como vosso Pai - tão perfeitamente misericordioso como Ele é.”

(Compare com S. Luc. 6:36.)

Mas, estava Ele dizendo: “Seria melhor que vos tornásseis como vosso Pai”? Ou estava dizendo: “Deveis tornar-vos como vosso Pai”? lembrando-se de que todas as ordens de Deus são habilitações, de que não há nada a ser feito sob Seu mando que não possa ser efetuado em Sua força, realmente não importa o que Ele quis dizer.

A versão de Goodspeed expressa Mat 5:48 de um modo agradavelmente ambíguo. Dependendo da ênfase, pode ser ordem ou promessa, dever ou privilégio. Jesus pôs diante de nós o mais atraente retrato do Pai. Através de Suas palavras e vida, Jesus nos mostrou Aquele a quem podemos adorar e em quem podemos confiar. Então inspirou Paulo a prometer: “Contemplando... a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na Sua própria imagem.” II Cor. 3:18.

Pode você imaginar isto? Nós seres humanos embotados pelo pecado temos diante de nós o incrível privilégio de tornar-nos semelhantes a Ele. Sendo que Ele é infinito, o alvo deste crescimento é uma direção de viagem, não um simples destino. E percorremos juntos – eternamente!  

2 de Agosto

 Topo

Um Encontro com o Amor

 

“Então lhe disse Jesus: Nem Eu tão pouco te condeno; vai, e não peques mais.” João 8:11.

 

Ela estava humilhada. Arrastada pela rua poeirenta à presença de um Homem que ela sabia ser da máxima qualidade, fazia-a sentir-se horrivelmente exposta e derrotada. Uma existência de inquietação surgia diante dela ao perceber que havia sido deliberadamente enlaçada e usada pelos próprios homens que agora descobriam seu pecado tão explicitamente. Aguardando os primeiros golpes esmagadores das pedras que ela sabia que haviam de pôr fim à sua vida miserável, estava sobressaltada quando o mestre Se inclinou e começou a escrever com o dedo no chão.

Enquanto a multidão vagarosamente se dispersava, um por um, deixando essa mulher obviamente culpada à sós com o Homem por excelência, “erguendo-Se Jesus... perguntou: Mulher onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor. Então lhe disse Jesus: Nem Eu tão pouco te condeno; vai, e não peques mais”. João 8:10 e 11.

Surpreendente! A culpada não condenada! Por quê? Antes de tratarmos do jargão teológico e começarmos a analisar as implicações escriturísticas legais, façamos uma pausa e testemunhemos um milagre – o milagre do Seu amor restaurador! Jesus não era alguém que Se dispunha a penetrar em intricadas profundidades. Focalizava as pessoas. E naquele momento Sua concentração estava nessa pobre mulher que fora despojada de sua dignidade. Ela necessitava experimentar a genuinidade do amor incondicional.

Precisava saber que ninguém na Terra tinha o direito de condená-la, e que ninguém no Céu queria fazê-lo, que Deus não usa a condenação para forçá-la à contrição, porque a rejeição jamais restaura. Também precisava compreender que a aceitação não justifica o mau procedimento, embora dê um valor não qualificado ao indivíduo envolvido. Jesus expressou estas duas realidades vitais em Seu breve diálogo com ela.

Pela atitude não condenatória de Jesus, Ele permitiu que essa pessoa emocionalmente marcada readquirisse uma medida de dignidade. E em Sua gentil ordem a ela para que deixasse sua vida de pecado, expressou fé em sua capacidade de viver dentro do poder nutridor de Sua aceitação dela. Pecado – a palavra usada para descrever a qualidade de vida vivida separada da realidade de Deus – jamais precisava aprisioná-la novamente. Tinha visto a Deus face a face, na pessoa de Seu Filho, e Ele lhe dissera claramente o que sentia quanto a ela!

 
3 de Agosto

 Topo

Que Havia de Errado com o Fruto?

 

“E lhe deu esta ordem... da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” Gên. 2:16 e 17.

 

Este versículo tem sofrido terrivelmente nas mãos de leitores casuais através dos séculos. Para muitos, parece pouco mais do que um conto de fadas de Hans Chistian Andersen, completado com maçãs mágicas que lançam encantamento. Só que neste caso uma serpente ruim mascateia o fruto e um Deus irado lança o encantamento.

Outras opiniões populares terminam com percepções de Deus que são quase tão desagradáveis. É comumente admitido que Deus simplesmente escolheu a esmo uma árvore do Jardim, ordenando então a Adão e Eva que não a tocassem. Era meramente um teste de sua obediência a ordens arbitrárias. Uma ordem arbitrária, visto que não tem conseqüências inerentes por desobediência, deve ser apoiada pela ira ameaçadora do Legislador. Deste modo, Deus é Aquele que trata de uma maneira arbitrária com Seus amigos inteligentes, e então ameaça matá-los se não se submeterem.

Isaías conta-nos que Lúcifer desejava tornar-se semelhante a Deus (Isa. 14:12-14) - como aquele que podia por si mesmo suster o vida. Quão absolutamente vital é que todo o Universo seja capaz de conhecer a verdade acerca de quem o Doador da vida realmente é!

E assim Deus identificou duas árvores para Adão e Eva. Comer da Árvore da Vida expressava sua contínua escolha de receber vida do Doador da vida. Não havia nenhuma magia no fruto; o próprio Deus era a fonte de vida eterna. Dirigir-se à árvore de Satanás seria um erro fatal, não porque Deus estivesse irado com eles, mas porque teriam permutado o Doador da vida por uma fraude.

Satanás não estava simplesmente oferecendo fruto; estava apelando para uma mudança de lealdades. Insinuava que Deus não estava lhes dizendo a verdade. Alegava que ele poderia cuidar melhor deles do que o Pai, ajudando-os a experimentar crescimento imediato. “Confiai em MIM como vosso doador a vida”, disse ele. Desgraçadamente, eles o fizeram. Tendo rompido seu relacionamento com Deus, legalmente deveriam ter morrido – e a segunda morte ainda por cima!

Mas Deus tinha em mente outro plano para preservar a realidade. Em uma rude colina perto de Jerusalém, o próprio Jesus revelou ao Universo o que acontece quando as pessoas se separam do Doador da vida.

 
4 de Agosto

 Topo

Por que Eles se Esconderam?

 

“Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.” Gên. 3:8.

 

Qual das seguintes afirmações escolheria você como a mais exata?

A.   "O pecado nos leva a temer a Deus e a nos separar dEle.

B. “Separação de Deus é pecado, e às vezes é causada por temor desnecessário dEle."

A pergunta está longe de minúcias religiosas, porque nossa compreensão básica de Deus, do pecado e da salvação é focalizada aqui. Mas às vezes os assuntos tornam-se tão confusos que, à semelhança da galinha e do ovo, é difícil descobrir qual deles veio primeiro - temor ou separação. Um dos exemplos mais elucidativos do ciclo temor-separação pode ser encontrado no que ocorreu no Jardim do Éden, porque Adão e Eva não conheciam nem um nem outro em sua condição original.

Nossos primeiros pais conheciam somente a alegria da união ordenada com seu Pai celestial, até ao dia em que Satanás os persuadiu a aceitar sua interpretação do caráter e das intenções de Deus para com eles. Mudaram de opinião em relação a Deus e deixaram de confiar nEle. Transferindo sua lealdade para a serpente, aceitaram sua promessa de sustento e cuidado. E que, no mais claro sentido, foi seu pecado.

Adão e Eva tinham voltado as costas para Deus. Mental e espiritualmente estavam separados dEle. Crendo como fizeram no que Satanás lhes havia dito acerca de Deus, suspeitaram que Deus estivesse irado com eles por causa da sua separação dEle, porque o inimigo havia sugerido que Deus é um tirano contra aqueles que Lhe desobedecem.

Portanto, quando Deus veio passear no jardim pela viração do dia, fizeram o que parecia ser a coisa apropriada: esconderam-se por entre as árvores. Seguiram os impulsos do temor, esquecendo não somente a capacidade de Deus de encontrá-los mesmo entre as árvores, mas, o que é ainda pior, esquecendo que Deus os estava procurando como amigos, não os caçando como inimigos.

Quando Deus os encontrou, Sua reação para com eles era tão ansiosamente redentora como se quisesse estabelecer de uma vez por todas que não precisamos temê-Lo. Para sua nudez, trouxe vestes valiosas. Para sua temerosa apreensão, trouxe a promessa de que Outro suportaria suas trágicas conseqüências. Para sua confusão, trouxe a restauradora instrução do trabalho pesado. Ora, é este um Deus que deve ser temido?

 
5 de Agosto

 Topo

Que é a Bem-aventurada Esperança?

 

“Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo." Tito 2:13.

 

"Maranata! Vem, Senhor Jesus!" Cantamos sobre isto, oramos por isto, a isto aguardamos ansiosamente. É a "bem-aventurada esperança" do cristão. Mas, qual é o assunto mais importante no que tange à segunda vinda de Cristo? Nosso livramento deste mundo repleto de pecado?

Nossa reunião com os queridos que foram levados ao descanso? Nossa imortalidade?

Pare um momento e reflita: "Por que quero que Jesus volte?" Não tente imaginar as "respostas corretas". Seja honesto com você mesmo. E lembre-se, nenhuma resposta é uma resposta errada. Deus compreende as razões mais profundas do nosso modo de pensar. Tome um pedaço de papel e faça duas colunas. Em um lado registre porque você deseja que Jesus venha logo. No outro lado, anote por que você desejaria que Ele não Se apressasse.

Depois de ter feito este exercício, pare novamente e reflita: "o que eu amo mais acerca de Deus? O que a respeito dEle me faz sentir mais desconfortável, constrangido?"  Tome nota também desta coisas. E ao examinar as duas listas, mui provavelmente você descobrirá uma correlação definida entre elas. Deixe-me explicar.

Se uma das coisas acerca de Deus que o faz sentir-se apreensivo é a Sua função de Juiz, com muita probabilidade um dos motivos por que você desejaria que Jesus não viesse muito em breve é que você não se sente "preparado". Ou talvez você anotou algo a respeito de querer ter uma oportunidade para casar, ou terminar sua educação, ou ter a oportunidade de gozar o fruto do seu trabalho. Possivelmente, se você fosse bastante franco poderia ter escrito que se sentiria desconcertado com a atitude de Deus para com as coisas materiais.

Já considerou que Deus usa Sua posição de juiz para afastar as acusações do diabo? E que Seu desejo de que não nos apeguemos às coisas deste mundo é porque não quer que sejamos desviados de nos tornarmos Seus amigos?

Posso sugerir que uma vez que tenhamos nossa opinião mudada a tal ponto que venhamos a apreciar positivamente tudo que conhecemos sobre Ele, nossa página de duas colunas se fundirá rapidamente em uma, sob o gozoso tema. "MARANATA! Vem, Senhor Jesus!" Como você vê, a melhor coisa no que concerne à segunda vinda de Cristo não é o  "quando" , nem o "que acontecerá" quando Ele vier. É o QUEM É ELE! Ele é a nossa bendita esperança!

 
6 de Agosto

 Topo

Deus Escreve o Último Capítulo

 

“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito." Rom. 8:28.

 

Nós os cristãos deveríamos nos unir e apresentar uma denúncia formal contra as companhias de seguros do país [Estados Unidos]. Quando lemos seus contratos e descobrimos que as tragédias registradas sob "Atos de Deus" incluem árvores caindo sobre carros, ciclones arrasando lares e tempestades de granizo arruinando colheitas, deveríamos protestar. Quem disse que o nosso Deus deve ser responsabilizado por estes acidentes destruidores?

Para ser bastante honesto, nós os cristãos temos afirmado isto. Em nossos esforços para retratar a Deus como soberano e todo-poderoso, temos freqüentemente posto toda a culpa por tudo o que acontece neste mundo à conta de Deus. Os cristãos medievais defendiam o ponto de vista de que Deus ativamente causava a maior parte das tragédias como uma forma de punição sobre aqueles que haviam atraído Seu desagrado. Outros têm sugerido que, tendo Deus o poder para impedir catástrofes, se Ele não o faz, é o mesmo que as estivesse causando.

Ainda outro famoso orador cristão defende que se eu nasci com um braço deformado deveria aceitar que Deus ordenou que assim fosse, e portanto regozijar-me. Mas independente do que alguém possa aceitar destas interpretações, todas elas têm isto em comum: Deus adquire a má reputação e Satanás fica livre.

A Bíblia põe isto diante de nós em uma luz muito diferente. Satanás é aquele que causa infindável sofrimento e trauma neste mundo; mas o nosso Deus é tão criativo, tão hábil e cheio de recursos que - com a nossa cooperação - pode transformar qualquer tragédia em triunfo.

Uma das minhas descrições favoritas de Deus é a de que Ele é o Grande Restaurador. Não é o Seu desejo que nasçamos com um braço deformado. Mas se eu devesse sofrer tal revés, tal infortúnio, Ele é maravilhosamente capaz de transformá-lo em uma ocasião para crescimento: para uma mais profunda dependência dEle e uma fixação mais clara dos verdadeiros valores. Não foi a mão de Deus quem quebrou o pescoço de Joni Eareckson, mas certamente foi Sua mão quem guiou o seu espírito em louvor e ministério em favor dos outros.

Ao ser desdobrada a história da minha vida, com tantas de suas passagens vitais tendo sido produzidas independentemente, regozijo-me em saber que o nosso Deus sempre é capaz de escrever o último capítulo. Conquanto eu não possa reescrever a História passada, posso pôr o futuro nas mãos de um Autor melhor.

 
7 de Agosto

 Topo

Estragado em Suas Mãos

 

“Como o vaso, que o oleiro fazia de barro, se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu". Jer. 18:4.

 

A sala de aula estava repleta de mentes ativas e pés incansáveis. O professor parecia despreocupado quanto a tornar a lição interessante para seus jovens alunos. Simplesmente lia ininterruptamente, de um modo monótono, do seu livro didático, inteiramente despercebido de que havia perdido não somente sua atenção, mas também o seu respeito. Estava fazendo o seu trabalho, pensava ele, pondo-lhes à disposição a informação necessária. O que faziam com ela era problema deles.

No mesmo edifício, outro professor estava assentado diante de sua escrivaninha, em conversação ativa com uma dúzia ou mais de estudantes enquanto o resto da classe ouvia. Informal em sua abordagem, solvia dúvida após outra, com respostas que eram ajustadas para permitir que a mente dos jovens se concentrasse nelas, explorando e testando o seu conteúdo. Era emocionante e compensador para todos, inclusive para o professor.

A fim de que o segundo professor pudesse prover esta vital oportunidade de aprendizado para sua classe, sabia que teria de criar uma atmosfera de confiança e aceitação. Os alunos perderam suas inibições quando viram que ele estava disposto a adaptar a matéria da lição à sua capacidade de compreensão. Sentiam-se bem com o que estava ocorrendo e como conseqüência aprendiam rapidamente. Por volta do fim do ano, não somente a maior parte dos estudantes dominavam o assunto, muitos sentiam que haviam ganho um amigo constante em seu professor.

Nosso Deus é semelhante ao segundo professor. Em uma metáfora dirigida ao antigo Israel, Ele retratou-Se como um oleiro moldando barro em uma roda. Quando o vaso que ele estava fazendo se estragou, não o pôs do lado, mas simplesmente modificou os seus planos e continuou a trabalhar com ele. Ao contrário de uma máquina impessoal, o oleiro está sintonizado à condição do barro que está moldando. De maneira idêntica, Deus está ciente do que acontece em nossa vida e ajusta adequadamente Seu trato conosco. Mesmo que tenha de ajustar Sua abordagem a nós, podemos descansar na certeza de que ainda estamos EM SUAS MÃOS, e que Ele continuará a trabalhar conosco.

Disto podemos estar certos; por causa da maravilhosa habilidade do grande Artífice, o barro que Ele está moldando apresentar-se-á maravilhosamente! E nesses "vasos de barro" coloca o tesouro do conhecimento de quem é Ele.

 
8 de Agosto

 Topo

Quanto Mais Necessito Dele!

 

“Se eu tivera acariciado maus pensamentos, o Senhor não me teria ouvido." Sal. 66:18, NEB.

 

Embora ele estivesse fazendo uma afirmação, eu poderia dizer que ele estava fazendo uma pergunta. E a ansiosa frustração em seu rosto permitia-me saber que o moço não estava fazendo nenhuma pergunta ociosa. "Não gosto da idéia", disse ele, "de que Deus não me ouça enquanto acaricio algum mau pensamento. Parece-me que a única maneira possível em que eu poderia vencer os meus maus pensamentos, especialmente aqueles que acaricio, seria se eu pedisse o auxílio de Deus e Ele me ouvisse! Que esperança há para qualquer um de nós se o Senhor nos ouve somente depois que tenhamos deixado de pensar todos os maus pensamentos?"

Era um daqueles momentos vitais em que a fé de alguém é alimentada ou oprimida pela sua compreensão do modo como Deus lida conosco os pecadores. E não é uma percepção incomum de que devamos fazer uma completa limpeza interna antes que Deus condescenda em espiar através de nossas entradas mal arrumadas. Ma é isto o que Davi tinha em mente quando escreveu o verso de hoje?

Ou está Davi desafiando aqueles dentre nós que estariam meramente inclinados a "usar" a oração? Ou, mais exatamente, a "usar" a Deus através da oração? Você sabe, como a pessoa que fuma vários maços por dia e então ora pedindo boa saúde. Ou aquele que passa três horas diante do aparelho de televisão para cada dez minutos que gasta com a Palavra, e então ora com profundo fervor pelas ricas bênçãos espirituais. Se Deus desse um passo para fora dos limites da realidade e atendesse aquelas solicitações "derramando" generosas bênçãos sobre pessoas que estão andando fora do caminho da benção, confundiria totalmente as pessoas quanto a este mesmo caminho.

Temos de admitir uma coisa acerca do nosso Deus: Ele está totalmente comprometido com a realidade. Tanto quanto Ele quer que nos dirijamos a Ele em oração, é demasiado sábio para permitir que venhamos com nossa "lista de necessidades" nos lábios mas com nossa lista de "autodestruição" ardentemente encravada no coração. Ele não é (como alguns parecem imaginar) um generoso Papai Noel que é facilmente enganado com o pensamento de que não somos traquinas, desobedientes, mas antes muito bons.

Muito mais importante do que os dons que desejamos que Ele nos dê, é a sabedoria que Ele nos quer dar. Mais do que ser meramente abençoados, Ele quer que sejamos ensinados nos caminhos da justiça - o que realmente é a melhor bênção. E todos os que desejam ser ensinados por Ele têm Sua atenção!

 
9 de Agosto

 Topo

"Orando no Espírito"

 

 “E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que Ele intercede pelos santos." Rom. 8:27

 

Você já sentiu alguma coisa que simplesmente não pôde expressar em palavras?  Então veio alguém e verbalizou exatamente os seus sentimentos. Foi emocionante e um tanto confortador. Emocionante porque deu tangibilidade à sua experiência; confortador porque você não mais estava "sozinho" nela.

Quantas vezes nos dirigimos à Deus em oração e não podemos encontrar as palavras para abranger nossos anseios e temores! Talvez necessitemos desesperadamente de fazermos a nós mesmos compreendidos, mas não temos nem mesmo certeza de que totalmente compreendemos. E assim lutamos em oração, ansiosos pela certeza de que Deus não somente está nos ouvindo, mas que o Seu coração e o nosso estão vibrando em uníssono.

O grande coração de Deus está vibrando em uníssono como nosso! Ele apanha nossas sentenças e as termina. Dá aos nossos gemidos íntimos um veículo de expressão que é inigualável em sua precisão. Em cada maneira possível Ele ecoa nossos pensamentos e sentimentos, afirmando nossa fé experimental em Seu compromisso total com a nossa personalidade. Ele faz isto por nós na pessoa do Seu Espírito.

Em nosso texto de hoje lemos que "o Espírito intercede pelos santos segundo a vontade de Deus". Rom. 8:27. NIV. Se vemos a Deus como estando tão completamente exaltado acima de nós que requer um intermediário a fim de tornar nossas orações ajustadas aos Seus ouvidos, não podemos prontamente entrar na aglutinante experiência a nós propiciada através da comunhão com Ele. Isto não pode ajudar senão a realçar nossos sentimentos de inadequabilidade se imaginamos que nossas orações precisam ser "lavadas" ou reformuladas pelo Espírito Santo antes que possam tornar-se viáveis.

Entretanto, quando compreendemos que é atitude de Deus "curvar-Se" de certo modo, para apanhar cada nuança de significado ao falarmos com Ele, percebemos que a provisão do Espírito é por NOSSA CAUSA, não Sua. É a Sua maneira de "ajudar-nos em nossas presentes limitações" (Rom. 8:26, Phillips) para reconhecermos que Ele sabe o que estamos tentando dizer - porque Ele pode até mesmo prover as palavras! Podemos saber que "Aquele que sonda os corações" o faz, não para encontrar defeito em nós, mas para assegurar-nos da intensidade do Seu desejo de entrar em união total conosco.

"Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?" Verso 31.

 
10 de Agosto

 Topo

"O que Leva as Pessoas a Agirem Deste Modo?"

 

 “Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou." Luc. 19:41

 

Eu estava decididamente dirigindo-me ao longo da auto-estrada concentrado apenas no destino que eu tinha em mente. De súbito, outro motorista desviou-se para minha pista, no próprio lugar que eu pensava que estivesse ocupado por meu pára-lama dianteiro. Eu estava mais do que irado; eu estava furioso. Por meus sentimentos, devo ter presumido que ele estava maldosamente olhando pelo seu espelho retrovisor, com um brilho diabólico nos olhos, pensando: “Esperarei até que ele se aproxime de mim; então, penetrarei subitamente em seu caminho.” Calculista. Perverso. Deliberadamente pecaminoso.

Foi somente no dia seguinte, no mesmo trecho da auto-estrada, que eu deixei de ver um carro no ponto morto entre meus espelhos, e me desviei repentinamente para o seu caminho. Seus estridentes pneus e a longa buzinada diziam-me exatamente o que ele estava pensando de mim. Mas eu era inocente! Descuidado, talvez. Mas não de modo algum, o malvado, deliberadamente perverso animal de estrada que seus punhos agitados estavam me acusando de ser. Eu queria defender-me. Explicar-lhe. Mas ele tinha passado por mim, provavelmente murmurando algo acerca de sair fora da mira de indivíduo tão perigoso.

Tem importância a maneira como vemos nossos companheiros de luta neste planeta arruinado pelo pecado? Vejo uma caixa de supermercado sendo agressiva com um cliente. Devo presumir que ela despertou naquela manhã, olhou-se no espelho e disse deliberadamente: “Hoje vou ´explodir´ com todo mundo”? Ou devo admitir que ela estava sob pressões extremas sobre as quais nada sei, e estava lutando como melhor podia com uma tarefa difícil e ingrata?

Falando da vasta maioria dos pecadores, toda a variedade comum de seres humanos ao nosso redor: são eles perversos, pessoas deliberadamente más que saem a cada manhã com o único intento de serem grosseiramente egoístas? Ou são pessoas vacilantes, confusas, feridas, que gostariam de defender suas ações... ou ao menos desculpar-se por elas? Nossa resposta determinará se as veremos com repugnância ou possuídos de compaixão. Prescreverá se desejamos reprová-las ou educá-las e restaurá-las.

Como imagina você que Jesus via todos aqueles pecadores de Jerusalém quando, apenas horas antes de se voltarem contra Ele, cavalgava um jumentinho contemplando sua cidade, chorando até que Seu corpo oscilava como uma árvore em um forte vento?

 
11 de Agosto

 Topo

O Privilégio do Sofrimento

 

“Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo, e não somente de crerdes nEle." Filip. 1:29.

 

Embora ela tivesse dinheiro para comprar vestidos de boa qualidade, usava vestes esfarrapadas, de lojas de artigos usados. Sua casa era parcamente mobiliada, e sua mesa era posta com as mais ordinárias provisões, todas insípidas e escassas. Sorria apenas debilmente, e falava nos silenciosos tons de alguém que se encontrava na ala terminal de um hospital. Muitas vezes, se a chamasse, você a encontraria sentada à mesa lendo sua Bíblia.

A maioria de nós ficamos pouco surpresos diante de pessoas que impõem sofrimento sobre si mesmas como um meio de alcançar piedade. Recuamos ante o pensamento de tomar isto por "piedoso". Quase a única coisa pior é crer que o próprio Deus às vezes impõe às pessoas esta espécie de sofrimento a fim de "edificar o seu caráter".

Sobre o que estava Paulo falando na passagem de hoje quando disse que é nosso privilégio sofrer por Cristo? Está falando apenas de aflição corporal? Declara ele em sua segunda carta aos Coríntios: "Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim, também a nossa consolação transborda por meio de Cristo." Cap. 1, verso 5. Talvez a resposta possa ser conhecida apenas se pararmos para considerar o que fez Cristo sofrer. Muito naturalmente pensamos no Calvário como o lugar de Sua agonia, mas Sua provação física no Gólgota sintetiza realmente o sofrimento que Ele suportou como "Homem de dores"?

Vemos Suas lágrimas junto ao túmulo de Lázaro enquanto Marta expressa sua tristeza porque Ele "poderia ter" salvo seu irmão da morte. Percebemos a dor em  Sua voz ao dirigir-Se a Pedro, todo molhado ao ser tirado do mar sobre o qual Ele acabara de andar: "Por que duvidaste (de Mim)?" Horrorizai-vos ante a intensidade de Sua dor ao chorar sobre Jerusalém, onde Sua rejeição como o Filho de Deus seria totalmente revelada. E lembrem-se: em cada um desses incidentes, Sua dor não era por Si mesmo mas por Seus filhos terrestres que experimentavam infortúnio desnecessário porque não compreendiam quem era Ele, ou o Pai que o enviara.

É nosso privilégio não somente crer em Cristo, mas sermos tão restaurados pela nossa amizade com Ele que partilhemos de grande paixão do Seu coração: revelar o Pai à humanidade ferida.

 
12 de Agosto

 Topo

Cirurgia Divina

 

“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração." Heb. 4:12.

 

Esqueci tudo sobre o sanduíche que estava comendo ao ouvir com crescente interesse a descrição do meu amigo, da cirurgia que estivera realizando. Trabalhando na área de sua especialidade, tinha operado um homem com um tumor canceroso no rosto. Durante horas, trabalhando através de um microscópio, tentou remover cada célula cancerosa, contudo sem prejudicar os nervos que controlam os olhos, a boca e os ouvidos do homem. Quase partilhei do seu próprio alívio quando me disse que a operação fora bem-sucedida.

Que admiração senti pela habilidade de um perito cirurgião! Admiro sua coragem ao dirigir-se para tão perto das próprias fontes da vida a fim de procurar e remover aquilo que destruiria a vida. E conquanto nenhum paciente jamais tenha o prazer nesta espécie de cirurgia, deve admitir que ela é, afinal, melhor do que a alternativa. Com freqüência o cirurgião deve persuadir o paciente a submeter-se a este procedimento salvador da vida.

Nosso Deus traz-nos a habilidade, a coragem e a compaixão de um Mestre Cirurgião. Usa um bisturi bastante afiado para dividir aquela parte de nós que é a mais intricadamente entretecida: nossos motivos. Estando o egoísmo entrelaçado com os motivos do amor, e protegido pelas camadas da defensiva, da rejeição e da auto-ilusão, o desemaranhamento requer a perícia do melhor Cirurgião.

Quando nos expomos à penetrante e perscrutadora mente de Deus conforme revelada em Sua palavra, tem início a cirurgia. A severa repreensão, a resposta áspera que desencadeamos sobre os filhos em nome da "firme disciplina", revelam-se como meras defesas do prestígio paterno. Os questionáveis programas de televisão vistos porque "preciso descontrair-me" aparecem como voyeurismo debilmente velado. O pó sobre a capa da Bíblia, acumulado porque "estou tão ocupado", é gentilmente exposto como evidência de preguiça espiritual.

Quão bom é saber que nosso Pai não está parado diante de nós nesses momentos de sensíveis e desconcertantes auto-revelação, dizendo alegremente: "Eu o apanhei em outra!" Aquele que instruiu Paulo a nos ensinar que não nos alegremos com a injustiça (I Cor. 13:6) está pronto a esquecer o passado e a caminhar conosco para a luz de maior honestidade, mais forte integridade e mais elevada união com Sua sábia vontade.

 
13 de Agosto

 Topo

A Alegria Inefável de Deus

 

“Ora Aquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da Sua glória." Judas, verso 24.

 

Se você quiser dividir um grupo de crentes, basta fazer a pergunta: "Pode você deixar de pecar?" Mesmo os "sins" e os "nãos" estarão divididos por causa de todas as numerosas idéias soltas sobre o assunto. Para alguns, depende de se você está falando acerca de "pecados conhecidos". Para outros, o problema é a qualidade forense da justificação pela fé. Para aqueles que lutam, diariamente contra males interiores e exteriores, a pergunta parece entretecida com horrível desespero. Para Paulo, era assunto de regozijo.

Que significa deixar de pecar? Se focalizamos o comportamento, podemos discutir infindavelmente. Se o consideramos como um jogo de retórica, poderemos neutralizar a estrutura da espiritualidade vital, tornando-a inoperante. Contudo, se estamos olhando para o relacionamento com Deus, a atitude de Paulo é muito encorajadora.

Sendo que pecado é uma palavra usada para descrever o relacionamento rompido entre Deus e a humanidade, então reformulemos a pergunta adequadamente: "Pode o seu relacionamento rompido com Deus ser totalmente restaurado?" A Resposta é emocionante - "Absolutamente!" E, no caso de haver qualquer dúvida quanto a como deve isto ser efetuado, o texto de hoje declara que DEUS é "poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da Sua glória". Judas 24. Deus é capaz de restaurar o relacionamento rompido - e mantê-lo restaurado! Nossa amizade com Ele apresenta-nos "irrepreensíveis" (N.E.B), aos Seus próprios olhos e aos olhos de todo o Universo. E tudo isto Lhe traz "alegria inefável"! (Phillips.)

Traz isto resultados tangíveis para nossa vida deste lado do reino? "Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que no dia do juízo mantenhamos confiança; pois, segundo Ele é, também nós somos neste mundo." I João 4:17. Conhecê-Lo é amá-Lo, e amá-Lo é tornar-se semelhante a Ele. Ao crescer nossa confiança em quem Ele é, e porque Ele nos chamou de amigos, somos progressivamente libertos do egoísmo, esta qualidade manifestada em indivíduos inseguros e não amados.

Amigos, esqueçamos as "coisas que para trás ficam" e avancemos "para as que estão diante", prossigamos "para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus".  Filip. 3:14.

 
14 de Agosto

 Topo

Sua Palavra Final

 

Havendo Deus, outrora, falado muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, nos profetas, nestes últimos dias nos falou, em um que é Seu Filho.” Hebreus 1:1 e 2.

 

Que faz você quando lê um texto como este: “Ele, porém, respondeu: Ah! Senhor! Envia aquele que hás de enviar, menos a mim. Então se acendeu a ira do Senhor contra Moisés.” Êxodo 4:13 e 14. Então voltando a Mateus 5:22, lemos: “Eu, porém, vos digo que todo aquele que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento.”

Uma pessoa franca terá de admitir que isto suscita várias perguntas. Por que Deus Se irou contra Moisés sendo que tudo o que ele fez foi protestar seus sentimentos de inadequabilidade? Por que Jesus posteriormente nos adverte contra irar-se com outras pessoas? Estão Jesus e Deus operando sob uma série de regras diferentes? Acaso Deus “passa por alto” certos procedimentos que para nós são contra as normas, mas permitidos para Ele visto ter Ele autoridade? E sendo que a ira em qualquer caso é tão improdutiva do bem, por que Deus teve de expressá-la contra seu amigo Moisés, especialmente quando Ele já havia mandado Arão para falar em seu lugar? Deve haver uma solução melhor do que um Jesus benévolo, meigo, gentil, suave no Novo Testamento e um déspota irascível no Antigo Testamento.

É um sinal do favor de Deus que Ele sempre fale ao Seu povo em palavras e por meio de pensamentos e experiências que tenham sentido para eles. Você não poderia chamar a isto de “comunicação” se Ele não o fizesse. Há certo modo peculiar de expressão de pensamento e de interpretação que faz bom sentido para uma cultura mas parece estranho e enigmático para outra. Cada segmento da Bíblia foi escrito no contexto de um povo e de suas expressões familiares.

Moisés sentiu que sua coragem não estava ainda em condições de fazer tudo o que Deus ansiava que ele fizesse. Sentiu a humilhação de saber que Deus tivera de recorrer a um plano retrógrado a fim de levar a mensagem a Faraó, por causa de sua fraqueza. Não era incomum para a mentalidade hebraica falar dos sentimentos de Deus em termos muito intensos, falando assim do Seu desapontamento como ira ardente. Mas procuramos em vão qualquer evidência de ação ou sentimentos de ira nos parágrafos seguintes.

Contudo, Deus falou Sua palavra final acerca de Si mesmo quando enviou Seu Filho para ser “a expressão exata do Seu Ser” (verso 3).

 
15 de Agosto

 Topo

A Insuficiência do Bom Procedimento

 

“Mas Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa falta: Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres, e terás um tesouro no Céu; então vem, e segue-Me.” Mar. 10:21.

 

Ele fora criado na igreja. Antes de mal aprender a falar, haviam-lhe sido ensinados versos áureos da Bíblia. Ansioso para agradar, foi sempre estudante modelo. Após a faculdade, entrou no mundo dos negócios e, por causa do seu estrito senso de honestidade e boa conduta, logo acumulou fortuna. Servia na comissão da igreja e, ocasionalmente, dirigia a reunião de oração de quarta-feira à noite. Em resumo, tinha tudo: riqueza, uma boa reputação e religião.

Um dia ele viu Jesus de Nazaré com algumas crianças. Ficou impressionado com a maneira como Ele as tratava, quão ternamente as recebia. Despertou em seu coração um tremendo desejo de tornar-se Seu discípulo. Ao começar  Jesus a partir, correu atrás dEle e caiu aos Seus pés. “Bom Mestre”, implorou, “que farei para herdar a vida eterna?” Respondeu-lhe Jesus: “Por que  Me  chamas bom? Ninguém é bom se não um só que é  Deus.”

A resposta de Jesus não visava confundir a esse jovem pesquisador. Das poucas palavras seguintes trocadas, podemos compreender que Jesus estava operando para redefinir os valores internos do individuo. “Bom” sempre tinha sido associado com comportamento; obviamente Jesus tinha um bom comportamento! Assim tinha o jovem; contudo ele sentia que estava faltando algo. Chamado unicamente a Deus de “bom”, Jesus procurou diferenciar entre religião behaviorista (de comportamento) e uma avivada compreensão de Deus. Seguir a Cristo significa mais do que o desempenho do bom comportamento; é a amizade da mais alta qualidade.

Qual era a intenção de Jesus ao dizer ao jovem que vendesse tudo que possuía e desse aos pobres? Não estaria isto o encorajamento a “fazer” ainda mais uma religião de obras? Posso sugerir que, muito ao contrário, desfazendo-se de suas riquezas ele restringiria severamente sua capacidade de desempenho. Evidentemente sua condição de homem rico e respeitado na comunidade lhe propiciava infindáveis oportunidades para praticar sua religião de bondade. Simplesmente era demasiado fácil para ele “dar” bom procedimento em vez de dar de si mesmo. Por conseguinte, seu ponto de convergência estava no dom da vida eterna em vez de estar no Doador.

A comunhão com Cristo daria novo foco à sua vida. Permitamos que esta comunhão reenfoque a nossa!

 
16 de Agosto

 Topo

Prescritivo ou Descritivo

 

“Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos.” João 14:15.

 

Tente relembrar o que acontecia quando, como criança, seus pais lhe pediam para fazer algo que você realmente não gostava de fazer. Tentavam encontrar várias maneiras de persuadi-lo a fazer isto, desde prometendo uma recompensa até ameaçando gentilmente que poderia haver umas palmadas se você não concordasse! Talvez eles até mesmo usassem a conhecida abordagem de lembrar-lhe todas as boas coisas que haviam feito por você, desde o presente de Natal ao berço aquecido e abundância de alimento. Então perguntavam: “Você me ama?” Em uma voz mansa e cautelosa você respondia: “Sim.” Então ouvia a lógica armadilha de molas encerrada com uma nota de triunfo: “Se você me ama, fará o que eu digo.”

Isto é chamado de manipulação pelo amor e não soa muito bem. Mas que pode você dizer sem parecer um grosseirão e ingrato? Muitos cristãos lêem João 14:15 com as mesmas lentes. Vêem a Deus como se estivesse desfilando diante de nós as evidências infinitas do Seu generoso amor – vida, saúde, salvação em Jesus Cristo e todos os dons e bênçãos do Seu reino. Então ao olhamos boquiabertos para a imensidão de tudo isto, Ele nos leva exatamente onde quer e aperta o nó. “Por tudo isto”, pergunta, “você Me ama?” Afirmamos respeitosamente. “Se você me ama”, conclui, guarda os Meus mandamentos.”

Não há nenhuma sombra de dúvida: Deus realmente ama. Mas Seu amor intenta restaurar-nos, não manipular-nos. Seu grande cuidado por nós tem a finalidade de tornar-nos interiormente adequados, não para fazer-nos sentir enlaçados. Isto nos obriga. Quando Jesus disse: “Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos”, estava DESCREVENDO o que FAREMOS, em vez de estar PRESCREVENDO o que DEVEMOS fazer. Era uma declaração de fato: Isto é o que as pessoas fazem quando amam seu Salvador.

Tão sumamente nosso Pai preza nossa liberdade de escolha que não usa nem mesmo Seu grande amor para nos “forçar” à obediência. Embora percebamos rapidamente que Ele não Se utiliza da força física para nos levar a obedecer, é importante notar que Ele evita usar também a força emocional. Porque somente o coração restaurado pelo amor pode verdadeiramente obedecer!

 
17 de Agosto

 Topo

O Grande Entre Nós

 

“Quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva.”

Mat. 20:26.

 

Os missionários viajavam para as terras desertas, encontrando muitos interessantes membros de tribos. Apesar de incivilizados, esses nativos tinham uma cultura rica de ritual e vestuário. Garras, penas e dentes de animais selvagens adornavam-lhes o corpo enquanto dançavam ao toque dos tambores feitos de toras ocas. Ao se aproximarem mais os missionários das regiões colonizadas pelos brancos europeus, notavam a sutil intromissão de modernos adornos no vestuário tribal. Tampas refugadas de lata e outros artigos obsoletos estavam incluídos nas decorações usadas pelos dançarinos.

Sorrimos ante a inocente ignorância de tais indivíduos pagãos. Não sabendo o que fazer com os artigos que descobriam enquanto vasculhavam perto das comunidades civilizadas, simplesmente os vestiam. Pergunto a mim mesmo se nós os cristãos às vezes não temos feito o mesmo ao “descobrirmos” os ensinamentos do Mestre. Tome por exemplo a declaração a respeito da grandeza: “Quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que o sirva.” Mat. 20:26.

Alguns têm a idéia de que a mais baixa posição da vida deve ser usada como uma espécie de distintivo de humildade – que qualquer tipo de realização pessoal deve ser evitado porque a autodepreciação equivale à piedade. Tais idéias são recolhidas e penduradas sobre a vida do cristão. O mais triste, porém, é que não trazem nenhum benefício àquele que as usa, e outros são também desencaminhados.

Em primeiro lugar, a humildade é uma qualidade de espírito, não um adorno exterior. Aquele que tem um coração para servir, o fará em qualquer posição. Se surge a necessidade de grande empreendimento em um determinado campo a fim de realizar o mais elevado serviço, o cristão que tem o espírito de humildade não deferirá por causa de alguma coerção para anunciar piedade íntima.

Aos olhos de Deus, o verdadeiro serviço contribui para a grandeza, quer o indivíduo esteja em uma posição de prestígio quer esteja em uma humilde – o que nos diz algo acerca do nosso “grande Deus”! Na passagem em que é encontrado o verso de hoje, Jesus tocou o nervo da nação israelita ao aludir ao domínio romano. Disse Ele: “Sabeis que os governadores dos gentios dominam sobre eles [e sobre vós], e os seus altos oficiais exercem autoridade sobre eles. Não seja assim entre vós. Verso 25, NIV. “Não lidereis como eles o fazem!” era o que Ele estava dizendo. Não, “não procureis ser líderes”.

Em vez de procurar evitar o empreendimento, a realização, procuremos utilizar todos os nossos dons intelectuais para atingir a excelência no serviço.

 
18 de Agosto

 Topo

Uma Busca Infrutífera

 

Naquele dia pedireis em Meu nome; e não vos digo que rogarei ao Pai por vós. Porque o próprio Pai vos ama.” João 16:26 e 27.

 

Ouvi isto tantas vezes que finalmente resolvi procurar sua base bíblica. Tenho ouvido que a justiça de Cristo é algo como um manto que é posto sobre nós para tornar-nos aceitáveis diante do Pai. Tenho ouvido que Jesus apresenta ao Pai o mérito de Sua própria vida perfeita, e que então o Pai concorda em olhar diferentemente para o pecador por causa do mérito substituinte do Filho. Em resumo, ouvi que Jesus muda a mente e o coração do Pai em relação a nós, o que é necessário para que sejamos salvos.

Admitindo que nenhuma personalidade bíblica sabia mais acerca do plano da salvação do que Jesus, resolvi dirigir-me aos evangelhos, particularmente às palavras proferidas por Jesus, a fim de encontrar evidência de tal ponto de vista. Procurei algum trecho em que Jesus expressasse ou inferisse que a atitude de Seu Pai no tocante a nós era mudada ou modificada pelo mérito, apelo, vida substituinte ou cobertura legal do Filho. Nada encontrei. Encorajo-o a verificar por você mesmo; isto simplesmente não se encontra ali.

Em vez disto, enchi meia dúzia de páginas de um caderno de apontamentos de versículos em que Jesus nos diz quanto o Pai já nos ama, e pleiteia conosco para que mudemos NOSSA opinião do Pai! E no contexto desta busca particular, quão grato fiquei ao deparar-me com o conhecido texto supracitado. Que poderia ser mais explícito? Jesus NÃO está prometendo rogar ao Pai para que mude em qualquer sentido em relação a nós! O Pai, nos assegura Ele, já é resolutamente amoroso no que concerne a nós.

Ainda mais, Jesus finaliza dizendo: “Vem a hora quando não vos falarei por meio de comparações, mas vos falarei claramente a respeito do Pai.” Verso 25. Faltando apenas horas para separar-Se dos Seus amigos terrestres, Jesus precisava avançar para além de idéias limitadas, em condições de adaptar-se à embotada compreensão das massas. Queria falar as verdades mais exatas, completas e vitais acerca de Seu Pai para que sua mente em crescimento pudesse compreender. Não mais queria vê-los encolhendo-se de temor diante de Deus, prestando a tremente obediência de um escravo açoitado. Em vez disto, queria que eles fossem curados pela amorosa aceitação de Seu Pai.

Minha busca, então estava longe de ser infrutífera!

 
19 de Agosto

 Topo

Você O Conhece!

 

“Se vós Me tivésseis conhecido, conheceríeis também a Meu Pai. Desde agora O conheceis e O tendes visto.” João 14:7.

 

Jesus estava Se afastando. Os onze discípulos restantes na última ceia queriam ir com Ele. Suas ansiosas perguntas levaram o Mestre a pronunciar alguns dos mais explícitos discursos concernentes ao Pai já registrados nas Escrituras. Não estava indo para outra aldeia; estava indo para Seu Pai no Céu.

Os discípulos simplesmente não podiam compreender o que Ele lhes estava dizendo, mesmo quando lhes falou mais acerca do lugar para onde estava indo – quanto lugar havia na casa de Seu Pai. “Voltarei e vos receberei para Mim mesmo”, disse-lhes de maneira tranqüilizadora. “E vós sabeis o caminho para onde Eu vou.” João 14:3 e 4.

Sua resposta foi surpreendente. “Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho?” Verso 5. Dizer que eles não sabiam para onde Ele estava indo afirmava em essência que não conheciam o Pai. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim. “João 14:6 e 7. “Conhecer-Me é conhecer a Meu Pai!”

Prezado leitor: Seu coração já implorou para conhecer realmente a Deus, embora Ele pareça tão remoto, tão distante? Concentre-se em Seu Filho, a “expressa imagem” do Pai (Heb. 1:3, KJV) e assegure-se de que, conhecendo-O, você conhece a Deus! Você não precisa permitir que seus sentimentos de alienação dEle persistam como aconteceu aos discípulos. Pode confiar no pronunciamento do Salvador.

Leia o restante do capítulo 14 de João; prossiga nos capítulos 15 e 16 até que Jesus suspire com amoroso alívio: “Você finalmente crê!” João 16:31, NIV. “Porque o próprio Pai vos ama, visto que Me tendes amado e tendes crido que Eu vim da parte de Deus.” “Sabeis que Seu intenso desejo de ter-vos com Ele não é menor do que o Meu.”

Que o nosso coração seja consolado como era o desejo de Jesus. Saibamos que o coração do Pai anseia por nós. Tanto que enviou a Jesus para dar-nos esta mesma mensagem. E que este conhecimento nos liberte para nos empenhamos ativamente em amizade com Ele.

 
20 de Agosto

 Topo

O Caminho Mais Excelente

 

“Ainda que eu... conheça todos os mistérios e toda ciência... se não tiver amor, nada serei.” I Cor. 13:2.

 

Estou quase embaraçado em admiti-lo, mas quando o vi vindo em minha direção através do campus, rapidamente “achei” um compromisso urgente que justificavelmente conduziu-me em outra direção. Não é que eu estivesse com medo dele; ele era realmente bastante inofensivo. Era simplesmente um detestável sabe-tudo. Tendo uma mente aguçada, uma memória fotográfica e um apetite voraz por livros e revistas técnicas, parecia saber no mínimo alguma coisa a respeito de quase tudo. E cada encontro dava-lhe uma oportunidade para contar-lhe mais do que você realmente se interessa por saber acerca de tudo quanto estava em sua mente.

Para a maioria de nós comuns mortais, que ainda tratamos de resolver ou decifrar as instruções para o uso de nossa nova calculadora de bolso, os sabe-tudos ou sabichões são freqüentemente muito intimidadores. E se nos sentimos deste modo acerca de pessoas que têm vasta informação a respeito de assuntos históricos ou técnicos, somos ainda mais confundidos por pessoas que têm todas as respostas religiosas. Talvez seja assim porque isto expõe nossas próprias confusões nesta área vital que está tão perto de nós, que nos toca tão intimamente – o que deveria servir como advertência a todos os cristãos que estão comprometidos a partilhar sua fé – seu vasto conhecimento da verdade – com qualquer ouvinte.

Quão fácil é ter a impressão de que as pessoas que “têm todo conhecimento” o acumularam mais para que pudessem impressionar a outros do que pudessem ajudar a outros. As pessoas feridas precisam mais de ser amadas do que esmagadas. Mas do que ter sua ignorância exposta, necessitam de que sua tenra auto-estima seja abrigada, protegida por braços sensíveis e atenciosos.

Paulo compreendia quão fácil é, mesmo para os cristãos, ser apanhados nas autocongratulações do conhecimento que adquiriram... embora fosse o verdadeiro conhecimento. Advertia os cristãos para que não se tornassem conhecidos no mundo como um grupo de piedosos sabe-tudos, porque os cristãos devem sair para revelar Aquele que Realmente sabe tudo! Pecadores feridos, que poderiam ser esmagados tão facilmente pelo Onisciente necessitam primeiro ser convencidos de que Ele é amoroso.

Tiago nos assegura que as pessoas podem aproximar-se dAquele que realmente sabe tudo e pedir-Lhe todas as idéias de que necessitamos, porque Ele “nada lhes impropera”. Tiago 1:5. Seu primeiro compromisso com as pessoas é acalmar-lhe os temores, porque somente então pode ensiná-las. Com certeza, este é o caminho mais excelente.

 
21 de Agosto

 Topo

Verdade ou Conseqüências

 

“A ira de Deus se revela do Céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça..” Rom. 1:18.

 

Por longo tempo, pregadores têm estado “invocando” a ira de Deus contra os pecadores. A mensagem é clara: “Se você não tomar ‘jeito’, Deus vai acertá-lo. E bem!” Embora nunca digam realmente assim, pode também afirmar: “Ame a Deus – senão...”

Que incentivo para amar! Mas o amor jamais ocorre quando exigido “a ferro e fogo”, por assim dizer. E mesmo se Ele recolhe a arma de fogo, já que você sabe que Ele a está usando em Seu coldre e que está carregada e pronta para disparar, é difícil tomar interesse por Suas propostas.

Afinal, que me diz da ira de Deus? É tempo de darmos uma boa olhada nela e vê-la pelo que é. O que descobriremos se ajusta ao nosso conhecimento progressivo do que é Deus? Ou teremos de viver com nossas velhas idéias da ira de Deus, gostemos disto ou não. Afinal, Ele é Deus! E a Bíblia usa palavras tais como “ira” e “indignação” quando descreve a punição dos ímpios.

A mais clara explicação da ira de Deus é encontrada nos capítulos 1 e 2 de Romanos. No verso 18 do capítulo 1 lemos: “A ira de Deus se revela do Céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça...” A primeira indicação do que significa esta ira é encontrada no verso 24: “Por isso Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seus próprios corações.” O verso 26 ecoa este mesmo pensamento, e o verso 27 torna-se explícito: “Homens... e recebendo em si mesmos a merecida punição do seu erro.”

É evidente que a ira de Deus é a Sua atitude de permitir que as conseqüências dos atos e comportamento pecaminosos caiam sobre o homem. No Éden Ele pôs em funcionamento um plano de salvação por meio do qual seríamos poupados, em grande medida, dos efeitos da separação dEle. Devíamos experimentar os resultados reais desta separação, não devíamos viver para aprender a horrível verdade sobre isto. Contudo, a fim de experimentarmos a realidade, Ele nos permite agora mesmo deparar com uma medida das conseqüências.

Rom. 2:5-8 descreve os resultados finais de nossas escolhas. Aqueles que buscaram o Doador da Vida viverão. Aqueles que O rejeitaram terão a vida rejeitada.

 
22 de Agosto

 Topo

Religião Terrena

 

“E quem der a beber ainda que seja um copo de água fria, a um destes pequeninos, por ser este Meu discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão.” Mat.10:42.

 

Muitas das religiões deste mundo dividem toda vida em duas categorias: a sacra e a secular, a religiosa e a comum. A experiência religiosa inclui nunca permitir que as duas se misturem. As coisas religiosas têm seu próprio vocabulário, sua própria estrutura conceitual.

Mas o Cristianismo não segue este exemplo. Não existem duas maneiras distintas de falar e de pensar, porque para o cristão toda a vida é sagrada. Seu relacionamento com Cristo tempera cada dimensão da vida, mesmo a mais terrena.

Tenho conhecido mais de um cristão perplexo que tem desejado um envolvimento mais profundo com as coisas de Deus. Essas pessoas devotas têm almejado maior preocupação com temas espirituais, interesse mais absorvente no Céu e no mundo vindouro. Algumas delas parecem não ter compreendido a surpreendente revelação de Jesus de que a prontidão de alguém para o reino vindouro é medida por algumas ações terrenas. No verso de hoje ouvimos Jesus descrevendo o discipulado em termos da disposição de alguém de dar um copo de água fria a uma criança.

Às vezes é mais fácil pensar em termos religiosos quando estamos na igreja ou desfrutando um estudo bíblico em grupo. É mais fácil confirmar o interesse de alguém pelo Céu quando outros peregrinos que caminham para o Céu estão perto para dizer “Amém!” Podemos reconhecer prontamente certos procedimentos como corretamente religiosos – tais como dar ofertas na igreja, cantar certos cânticos e freqüentar as reuniões religiosas.

Mas Jesus (que insistiu conosco para que sejamos o sal da terra, não da igreja) continua nos desafiando a desconsiderar esta linha artificial entre a vida na igreja e a vida do mundo que está ao nosso redor. Aquele que tem a mente de Cristo – o Cristo que permite que Sua chuva caia sobre justos e injustos – dá um copo de água fria a uma criança porque este é o tipo de pessoa que ele é. Ele faz isto não porque possa relatá-lo durante o período de trabalho missionário na igreja, ou porque a criança seja membro de sua igreja. É a expressão que flui livremente do seu próprio caráter, e eis por que isto pode ser uma medida tão confiável do seu preparo para o reino.

 
23 de Agosto

 Topo

Confiança no Mestre do Plano

 

“Mas Ele sabe meu caminho; se Ele me provasse, sairia eu como o ouro.” Jó 23:10.

 

Tudo que era possível tinha acontecido a Jó. Tinha perdido seus rebanhos, seus servos, seus filhos e sua saúde. Sua esposa não o compreendia; seus melhores amigos suspeitavam que ele tivesse algum mau procedimento secreto. Ainda sua confiança em Deus permanecia inabalável. “Ainda que Ele me mate, nEle esperarei.” Jó 3:15, Almeida antiga.

Embora tenhamos a tendência de admirar a Jó por causa de sua coragem e firmeza, não foi sua própria força interior que fê-lo suportar os seus problemas. Foi sua compreensão de Deus e o seu relacionamento com Ele que o sustiveram. Nos dez primeiros versículos do capítulo 23 nos é dada uma idéia sobre a espécie de relacionamento que existia entre Deus e o Seu amigo Jó.

Jó começa reconhecendo que sentia como se Deus tivesse posto uma pesada mão sobre ele. Mas não permite que estes sentimentos o esmaguem ou o levem a duvidar dos propósitos de Deus. E, longe de levá-lo a procurar distanciar-se de Deus, deseja estar em Sua própria presença! “Exporia ante Ele a minha causa, encheria a minha boca de argumentos. Saberia as palavras que Ele me respondesse, e entenderia o que me dissesse. Acaso segundo a grandeza de Seu poder contenderia comigo? Não; antes me atenderia.” Jó 23:4-6.

Jó sabia que Deus tinha um “plano-mestre” para sua vida. E apesar de que no momento estivesse completamente confuso quanto ao que estava acontecendo em sua vida, ele tinha confiança no Mestre do plano! Conhecia a Deus como franco e justo. Também sabia que não era próprio de Deus utilizar-Se do Seu poder para manipular as pessoas. Que Deus era razoável (verso7). Apesar de sua luta contra os sentimentos de separação de Deus, jamais considera que Deus Se tenha distanciado dele por causa de algum erro que haja cometido. “Mas Ele sabe o meu caminho; se Ele me provasse, sairia eu como o ouro.” Verso 10.

No final, após a restauração de Jó, Deus disse aos seus três amigos: “Não dissestes de Mim o que era reto, como o Meu servo Jó.” Jô 42:7. Deus sabia que podia confiar em Jó porque eram amigos.

 
24 de Agosto

 Topo

Jesus Acaricia as Crianças

 “Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque Eu vos afirmo que os seus anjos nos Céus vêem incessantemente a face de Meu Pai Celeste” Mateus 18:10.

 

Imagine que um executivo local e sua esposa viessem jantar em sua casa. Tocam a campainha e, sem levantar os olhos do fogão, você grita: “Limpem os pés ao entrar, não quero nenhuma lama no meu tapete. E fechem a porta! Você não nasceram num estábulo.” Posteriormente, estando eles comendo ao redor da mesa, você fala-lhes com rispidez: “Mastiguem com a boca fechada. E lembrem-se, se não comerem toda a verdura, não terão nenhuma sobremesa.” O cenário é ridículo, à primeira vista, porque sentimos que simplesmente não seria apropriado tratar um honrado adulto desta maneira. Mas uma onda igualmente pesada de embaraço deveria nos atingir para que não achássemos tão fácil falar às nossas crianças deste modo. Sentindo que está errado ferir os sentimentos de adulto falando de maneira depreciativa, indagamos por que tão prontamente tentamos controlar o comportamento das nossas crianças por meio deste tipo de arenga desprezível.

Evidentemente, as crianças também sofriam estas espécies de indignidades no tempo de Cristo. Mesmo os discípulos de Jesus haviam descuidadamente contraído o hábito de tratar as crianças como intermediários entre os seres humanos e os animais. Estavam convencidos de que as crianças não eram dignas da atenção do Mestre, e que Lhe estavam fazendo um favor mantendo a essas pessoas ainda não formadas à margem dos admiradores de Jesus.  

 Mas Jesus sabia o que estava acontecendo naquelas mentes juvenis que estavam formando os retratos mais fundamentais de si mesmas. Queria proteger aquela preciosa auto-imagem dentro delas, sabendo que necessitariam disto ao longo de sua vida.

Contudo, havia outra vital na mente de Jesus. Sabia que naqueles tenros anos as criança estavam edificando sua compreensão básica do seu Pai celestial -  uma compreensão que seria escrita no íntimo da mente, e não seria facilmente mudada por instrução verbais posteriores. As crianças formam sua compreensão de Deus muito mais através dos relacionamentos que experimentam com seus pais do que por meio dos conceitos a elas expressos por esses mesmos pais.

Se os pais desprezam ou subestimam as crianças, especialmente no processo disciplinar, essas crianças crescerão crendo que Deus as trata do mesmo modo. Quem amaria e confiaria em tal Deus?

25 de Agosto

 Topo

Tendo o Seu Nome na Fronte

 

“Contemplarei a Sua face, e nas suas frontes está o nome dEle.” Apoc. 22:4.

 

A esperança do cristão é a segunda vinda de Cristo. Será uma ocasião de regozijo, porque todas as tristezas desta vida  chegarão ao fim. Jamais estaremos outra vez enfermos, nem morreremos, nem estaremos separados dos nossos queridos. Não teremos cansaço, nem estaremos confusos, nem alguém se apossará de nossa casa. E a nossa alma não mais estará em risco - isto é, não teremos mais nenhuma preocupação quanto a estarmos ou não salvos.

Amigos, se pensarmos no assunto da salvação como um negócio arriscado, temos um problema que a Segunda Vinda não resolverá. Se, em nosso pensamento, ser livre do pecado está na mesma categoria que ser livre da enfermidade e livre da hipoteca, nossa compreensão do problema do pecado precisa ser posta em dia. A libertação do pecado não é assegurada pelo fato de que nada foi deixado ao nosso redor para tentar-nos; é a condição do coração que não mais retém qualquer dúvida quanto ao caráter de Deus.

Nosso texto hoje descreve os redimidos: “Contemplarão a Sua face, e nas suas frontes está o nome dEle.” Apoc. 22:4. Que significa estar o nome dEle na sua fronte? Posso sugerir que Deus será o centro dos nossos pensamentos? E isto começa agora, deste lado do reino. Nossa focalização será  deslocada dos pensamentos de “estar salvo”, para ser centralizada no próprio Deus. E sendo que Deus é a vida, nada podemos fazer senão viver quando aceitamos o Doador da Vida. Nossa mortalidade presente não é nenhuma indicação de que a vida eterna não começou para nós. Esta conexão vital que nos torna imunes da segunda morte  (a primeira morte é apenas um sono) já foi estabelecida.

A segunda vinda de Cristo é um acontecimento que torna visível a união já concreta de Deus com seu povo. No Céu não mais estaremos enfermos porque teremos sido removidos deste planeta ecologicamente desequilibrado. Estaremos livres da hipoteca porque as hipotecas terão deixados de existir. Mas estaremos livres do pecado porque o grande conflito sobre a verdade do que é Deus já terá findado em nosso coração.

Será maravilhoso ver a Deus face a face. Mas podemos “vê-Lo” agora mesmo através de Sua Palavra escrita. Podemos agora ter certeza total do que é Ele, e a nossa vida estará deste modo para sempre segura nEle.

26 de Agosto

 Topo

Ocultando o que Realmente Somos.

 

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque  limpais o exterior do copo e do prato, mas estes por dentro estão cheios de rapina e intemperança. Fariseu cego! limpa  primeiro o interior do corpo, para que também o seu exterior fique limpo.” Mat. 23:25 e 26

 

Uma vez comprei um grande macaco hidráulico em uma feira de quintal e fiquei emocionado. Por apenas 15 dólares trouxe para casa um peça de equipamento brilhante e de aspecto pesado, que a agradável senhora atrás da mesa tinha me assegurado de que era quase nova. Elogiei a brilhante aquisição diante de minha esposa ao tentar experimentá-la sob nosso carro. Meu rosto ficou vermelho de indignação (e de embaraço) quando o macaco verteu fluido hidráulico por todo o chão e o carro afundou gradualmente.

Jesus está absolutamente comprometido com a realidade. Quer que tudo em seu reino que pretende estar no exterior realmente ESTEJA no interior. Nada menos do que isto nos permitiria a confiança mútua através da eternidade. Não é de admirar que Ele falasse tão severamente contra aqueles líderes religiosos que estavam praticando velhas simulações. Alegando falar em defesa de Deus, os fariseus estavam dando ao povo motivo para crer que o próprio Deus Se contentaria com uma demonstração exterior de justiça, negligenciando a realidade da condição interior. Mas Jesus estava dizendo a todos os que O ouviam que Seu Pai também estava comprometido com a realidade.

Isto suscita uma pergunta interessante. Se Jesus deprecia a idéia de uma pessoa estar limpa apenas na aparência exterior enquanto em realidade está ainda ligada ao pecado, então qual é a diferença entre um copo exteriormente limpo e as “vestes da justiça de Cristo”, como freqüentemente se  tem compreendido? Em vez de esconder nossa verdadeira condição dos olhos dos homens (como na metáfora do copo limpo), presume-se que as vestes da justiça de Cristo ocultam nossa real condição dos olhos de Deus. Esta idéia sugere que podemos nos “esconder” sob os méritos substituintes da perfeita justiça de Cristo e que o Pai nos aceitará como sendo o que em realidade não somos.

Mas as vestes da justiça de Cristo jamais tencionavam ser uma falsificação da realidade. Cristo não provê quer seja para lograr, quer seja para mudar o Pai. A veste é a poderosa declaração de Cristo quanto ao amor do Pai e a sua aceitação do pecador, que - quando reclamada e usada com dignidade -produzirá a verdadeira limpeza dentro do pecador. E Deus não precisa fazer provisão para ocultar pecados que Ele está confiante de que pode curar.

27 de Agosto

 Topo

Salvação Pelo Relacionamento

 

“Porque assim como o pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo.” João 5:26.

 

Pode uma lâmpada fornecer luz sem um relacionamento com o gerador ou usina hidrelétrica? Pode um bezerrinho viver sem um relacionamento com sua mãe? Pode uma planta crescer sem ter um relacionamento com o solo? Pode um ser humano criado à imagem de Deus viver sem estar relacionado com aquele que tem a energia doadora de vida dentro de Si mesmo?

A resposta às três primeiras perguntas acima parece muito óbvia para qualquer ser pensante.

Em cada caso, se o relacionamento é rompido, os resultados negativos aparecem muito rapidamente. Mas que complicados desafios Deus enfrenta ao tentar ensinar-nos que o exemplo permanece verdadeiro também para a quarta pergunta! Afinal, Ele nos deu o poder de escolher romper este relacionamento. Contudo, se quando cortássemos relações com Ele experimentássemos as conseqüências imediatas da escolha, nunca estaríamos em condição de mudar de idéia. Por outro lado, quando Deus - em um ato de misericórdia - protela estas conseqüências, nos deixamos seduzir pelos enganos de Satanás e imaginamos que realmente podemos viver separados de Deus.

Não há nada que Satanás procura fazer com maior diligência do que levar-nos a ignorar este relacionamento vivificante com Deus. Tentará distrair-nos com as atrações dos sentidos ou com nossas manufaturadas tentativas de construir nosso próprio muro de segurança contra a angústia vindoura. Ou nos persuadirá a crer que um intenso envolvimento com atividades religiosas é um bom substituto para o envolvimento com a Pessoa de Deus.

Mas aqui está um expediente muito sutil com que Satanás pode levar-nos a negligenciar o relacionamento vital com Deus a que chamamos de fé. Pode induzir-nos a pensar que “fé” é simplesmente nosso reconhecimento de uma transação legal fora de nós mesmos, na qual Jesus faz alguns arranjos úteis com o Pai para que possamos ser perdoados, e não é necessário nenhuma conexão pessoal com Deus. Esta opinião às vezes se introduz sorrateiramente sob o titulo de “justiça pela fé”, mas rouba todo o significado essencial da palavra “fé”.

O próprio Jesus, enquanto era homem sobre a Terra, vivia somente pela dependência de Seu Pai para a vida. Esta era SUA conexão pela fé, Seu relacionamento salvífico. E os remanescente são descritos como tendo a espécie de fé de Jesus - este mesmo relacionamento vital com Deus.

28 de Agosto

 Topo

A Voz Mansa e Delicada

 

“E eis que veio a ele uma voz, que dizia: Que fazeis aqui Elias?” I Reis 19:13

 

Significativa é a verdade implícita no trato de Deus com Elias. Deus não está nas ruidosas manifestações. O mais poderoso recurso de Deus é Sua gentil e branda pressão. A verdade é essencialmente contrária ao que é ruidoso, tonitroante, sensacionalista.

Nada senão a “voz mansa e delicada” é capaz de alcançar o coração. É bom que tenhamos menos fé nas ruidosas demonstrações e mais no que é de caráter quieto e piedoso; que nossa vida seja mais poderosa do que nossas palavras; que sejamos cheios de Espírito e não de barulho. Devemos ter em mente que o poder da voz “mansa e delicada” é maior do que a indulgência com intoxicações religiosas. “E pela tua brandura me vieste a engrandecer.” II Sam. 22:36. A expressão de nossa fé a outros se faz com maior influência que é o amor.

O calmo, persistente, animador poder da bondade, o amor de Deus, enfim, deve possuir nosso coração, nossa mente. Não devemos manter o fácil otimismo, a fantasia embora passageira, de que tudo está bem. A voz “mansa e delicada” é sóbria e profunda convicção do Espírito Santo a nos conduzir numa vida de paz e segurança, de modéstia e mansidão, de firme paciência e confiança nos caminhos do Senhor.

Por trás de toda verdadeira realização para Deus há forças espirituais tomando posse de nossa vida. Isto é especialmente verdade em relação ao caráter cristão. Nossas grandes habilidades não são o que há de mais sábio em nós. Os homens de Deus são os que mais claramente têm compreendido a direta ação do Espírito Santo em seus corações. A voz de Deus os chamou dos falsos caminhos para os caminhos eternos.

A constância heróica do glorioso exército de mártires, dos miríades de humildes almas que triunfaram sob circunstâncias  adversas, brilha como estrelas. O Espírito do Senhor nos muda de glória em glória.

Pela voz mansa e delicada do Espírito Santo, Deus nos atrai a Si, e Ele mesmo se aproxima de nós. O Espírito Santo harmoniza todas as nossas discordâncias íntimas, enchendo o nosso coração com o senso da permanente presença de Deus.  – Edward Heppenstall

29 de Agosto

 Topo

A Tarefa Invisível

 

“Quando vier, porém o Espírito da verdade, Ele vos guiará a toda a verdade... Ele Me glorificará”. João 16:13 e 14.

 

Durante meus anos como estudante na escola secundária, minha ocupação era operar o serviço de alto-falantes do campus. Meu chefe de trabalho era uma pessoa muito sábia. Freqüentemente me dizia que eu fazia melhor trabalho quando ninguém sabia que eu estava ali no controle. “Se o volume torna-se tão baixo que os ouvintes precisam fazer esforço para ouvir, eles dirão: ‘Por que este sujeito não aumenta isto?!’ Se está muito alto e começando a haver retorno de comunicação, eles dirão: ‘Que há com este menino?’ Mas se está em ordem , eles estarão tão absorvidos com o orador que nem mesmo reconhecerão que você está ali. E isto é o que desejamos.”

O mais profundo desejo do Espírito Santo é que vejamos a Jesus. Não deseja que a atenção pare perto do Objetivo e focalize o Meio. Sabe que Sua obra é neutralizar a de Satanás, que está ocupado em dizer mentiras acerca de Jesus. Em contraste, anseia que os filhos confusos deste planeta conheçam a verdade sobre Aquele a quem conhecer significa vida eterna.

Alguém perguntou: “Por que sabemos tanto acerca de Jesus e tão pouco a respeito do Espírito Santo?” Suponho que o Espírito Santo diria: “É precisamente assim que Eu quero.” Por que não é o conhecimento intricado acerca da natureza da Trindade que nos traz salvação; é o caráter de Deus conforme revelado por todos os membros da Divindade o que nos leva a confiar.

Os cristãos anseiam estar cheios do Espírito Santo, como Jesus prometeu que poderíamos (Atos1:5-8). Os cristãos cheios do Espírito, como acontece com o próprio Espírito, cumprirão com mais eficiência sua tarefa quando atraírem no mínimo a atenção para si mesmos e no máximo para Jesus Cristo. O dom de ser cheio do Espírito não é para entretenimento de religião particular. Não é uma forma de êxtase santificado. Não é motivo de jactância sobre novos níveis de conquista religiosa.

João Batista revelou o ponto culminante da vida cheia do Espírito quando disse: “Convém que Ele cresça e que eu diminua.” João 3:30. Isto não nos deve surpreender, visto que é uma expressão perfeita da atitude do próprio Espírito. O encher do Espírito é o encher da vida de Cristo para que Ele possa ser revelado a outros.

30 de Agosto

 Topo

Um convite de Nosso Pai

 

“Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor.” Isa. 1:18.

 

Todos nós temos o velho adágio: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço!” Você sabe como isto funciona. A mãe grita para os meninos: “Arrumem o quarto! Não quero que transformem minha casa em um chiqueiro!” Dê uma olhada no quarto dela, porém, e você verá uma confusão quase incrível. “Não se atrasem para o jantar!” adverte o pai, que aparece com uma hora de atraso. A maioria de nós estamos condicionados desde a adolescência a esperar uma certa porção de duplicidade dos nossos pais. Sabemos que eles têm boa vontade, mas a realidade está noutro lugar. O problema é que temos a tendência de transferir tal pensamento para nossa relação com o Pai celestial. Somos ensinados: Estai “sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós”. I Ped. 3:15. Mas suspeitamos que Deus não precisa ter uma razão para o que faz. Afinal, Ele é Deus!

Estão aqui boas novas: Deus vive pelas mesmas “regras” que nos pede que vivamos. A lei que Ele deseja escrever em nosso coração também descreve o Seu caráter! Ele nos pede que vivamos responsável e razoavelmente mesmo como Ele o faz. Somente este planeta desobediente está “fora de compasso” com o resto do Universo. Somente o coração obscurecido pelo pecado percebe a Deus como arbitrário e prepotente.

E assim, acompanhando Sua natureza, o Deus Soberano nos convida: “Vinde, pois e arrazoemos.” Nosso Pai celeste não grita para nós: Ponha em ordem a sua vida! Ele diz: “Deixe-Me mostrar-lhe a melhor maneira de viver!” E Suas admoestações estão sempre ligadas à promessa de habilitar. “FAÇA como Eu FAÇO!” encoraja-nos. “Eu o ajudarei!” No processo começamos a conhecê-Lo. Gradualmente, podemos ficar mesmo mais emocionados com a Sua amizade do que com todas as maravilhosas coisas que estamos aprendendo. Não mais precisamos divisar Seu conselho como exigências arbitrárias. Podemos recebê-lo alegremente como a melhor informação disponível – e como uma oportunidade de nos tornarmos mais familiarizados com o nosso magnífico Deus!

Estou contente porque Deus nos circundou com Sua amorosa aceitação de sorte que podemos avançar sem sermos impedidos pelo temor do fracasso. Fracasso não é uma palavra do vocabulário entre amigos. Quando as coisas vão mal, os amigos procuram respostas enquanto resolvem as coisas arrazoando – juntos.

31 de Agosto

 Topo

Contemplando as Maravilhas da Lei de Deus

 

“Então falou Deus todas estas palavras: Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da Terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de Mim.” Êxo. 20:1-3.

 

Quatro mil anos atrás no Monte Sinai Deus deu à raça humana uma edição verbalizada de Sua lei eterna, os Dez Mandamentos. Não somente era expressão de Sua vontade imutável, era uma revelação do Seu caráter divino. E ela encerra para todos os que a recebem como tal, Sua promessa de restauração e redenção.

Contudo durante milênios os homens têm tremido ante o pensamento de Deus e têm visto os Dez Mandamentos como advertências negativas de uma Divindade irada, irritada. Conseqüentemente, a Lei tem sido encarada como um grave dever imposto à humanidade em vez de ser compreendida como mensagem positiva de livramento e restauração de um amoroso Criador. Todavia, é nosso privilégio ver com Davi: “Nunca me esquecerei dos Teus preceitos, visto que por eles me tens dado vida.” Sal.119:93.

Demos uma nova olhada nestes preceitos bem conhecidos, com a consciência de que neles está revelado o coração do Deus infinito e Sua promessa de satisfação para o Seu povo. Podemos orar como Davi: “Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da Tua lei. Sou peregrino na Terra: não escondas de mim os Teus mandamentos.” Sal.119:18 e19.

O melhor lugar para começar é pouco antes das declarações do Sinai, quando Deus expressou o desejo de relacionamento com o Seu povo. Disse Ele: “Eu vos levei [para fora do Egito] sobre asas de águia e vos trouxe para Mim.” Êxo.19:4, NIV. É neste contexto que podemos compreender melhor a Deus quando falou “todas estas palavras: Eu sou o Senhor teu Deus, que Te tirei do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de Mim.” Êxo. 20:1-3.

Deus estava Se reintroduzindo ao Seu povo, não simplesmente bradando-lhes do Céu. Declarou que estava tão profundamente interessado na vida deles que Se tornara ativamente envolvido em seu libertamento da escravidão. Tinha absoluta certeza de que, se Lhe permitissem guiá-los, os conduziria tão bem que não mais sentiriam necessidade de buscar orientação de alguma outra fonte, isto é, dos “deuses”.

Não é de admirar que Davi asseverasse: “Grande paz têm os que amam a Tua lei; para eles não há tropeço.” Sal. 119:165.

Título Original em Inglês:
HIS HEALING LOVE

Título em Português:
O AMOR QUE RESTAURA

Autor:
DICK WINN

Primeira Edição Publicada em 1987:
CASA PUBLICADORA BRASILEIRA

 

 Topo